Altice Portugal pede “confiança e lealdade” aos sindicatos
Estruturas que representam os trabalhadores reuniram com Alexandre Fonseca, o novo líder da Altice Portugal. Gestor terá pedido "confiança e lealdade", disseram fontes sindicais ao ECO.
O novo presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, terá pedido “confiança e lealdade” aos sindicatos de trabalhadores afetos à empresa, revelaram fontes sindicais ao ECO. O gestor, que substituiu Cláudia Goya na liderança da dona da Meo, esteve reunido esta segunda-feira com os responsáveis das diferentes estruturas sindicais e terá apelado a que os problemas sejam resolvidos entre portas. O administrador João Zúquete também esteve presente no encontro.
Oficialmente, a Altice Portugal refere que “nesta reunião foram abordadas as orientações estratégicas da empresa, bem como escutados os temas considerados relevantes para as estruturas de representação dos trabalhadores, num espírito de diálogo, abertura e proximidade”. “Alexandre Fonseca mostrou disponibilidade para manter um diálogo transparente, aberto e frequente com os trabalhadores”, lê-se numa nota oficial remetida ao ECO.
Entre as preocupações dos funcionários têm estado a transmissão de trabalhadores para outras empresas do grupo ou parceiras, a alegada pressão para aceitarem rescisões ou a existência de pessoas sem funções atribuídas. Questões que não terão sido aprofundadas neste encontro. Ainda assim, a administração da Altice terá mostrado intenções de convocar reuniões regulares com os sindicatos — um sinal de abertura ao diálogo que está a agradar alguns responsáveis sindicais.
O encontro serviu também para tranquilizar os sindicatos para o período conturbado que a empresa tem atravessado, com mudanças na gestão e queda acentuada nas ações na bolsa de Amesterdão. Em causa, os fracos resultados do terceiro trimestre, que levaram a Altice a decretar o fim das compras e a venda de alguns ativos. Entre eles, o negócio na República Dominicana, torres de comunicações na Europa e data centers na Suíça. Em Portugal, está pendente a compra da Media Capital à Prisa por 440 milhões de euros, um negócio que está a ser avaliado pela Autoridade da Concorrência.
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