BCE mantém juros. Foco nas projeções da inflação
A taxa de juro de referência vai manter-se nos 0%, como era antecipado pelos economistas. A atenção dos investidores está centrada na conferência onde serão antecipadas projeções económicas até 2020.
Tudo na mesma. O Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa de juro de referência em 0%, como já era amplamente antecipado pelos economistas. As atenções dos investidores viram-se agora para a conferência em que Mario Draghi irá fazer uma revisão das projeções económicas que inclui as primeiras estimativas para 2020.
O resultado da última reunião de política monetária do ano correspondeu às expectativas dos analistas. Na verdade grande parte das decisões do BCE já foram tomadas na última reunião que decorreu em outubro. Então, foi decidido prolongar os estímulos monetários até setembro do próximo ano, mas com uma redução do ritmo de compras, dos 60 mil milhões mensais para 30 mil milhões.
O comunicado divulgado após a reunião de governadores dos bancos centrais não traz grandes novidades face aos anteriores, repetindo todas as orientações já dadas. Para além de reiterar esperar que os juros se “irão manter nos níveis atuais por um período de tempo extenso, e bastante além do horizonte das compras líquidas de ativos”, o BCE também diz que as compras mensais previstas durar até setembro, podem ultrapassar esse horizonte temporal “se necessário” até que “o Conselho de Governadores veja um ajustamento sustentado no caminho da inflação consistente com o seu objetivo”.
Ainda assim a última reunião do ano irá trazer novidades no campo das projeções económicas. Será na conferência de imprensa que decorre a partir das 13h30, hora de Lisboa, que Mario Draghi irá revelar as novas previsões para o crescimento da economia e dos preços na Zona Euro. É sobretudo para a inflação que o foco está virado, uma vez que este indicador é o mais relevante em termos da ação do BCE no campo da política monetária.
De acordo com os analistas, a atualização das projeções vai mostrar uma Zona Euro a crescer mais rapidamente ao mesmo tempo que a inflação se encaminha progressivamente rumo ao objetivo dos 2%. As projeções em setembro antecipavam que a inflação iria abrandar em 2018, para voltar a acelerar a partir do ano seguinte.
Na conferência de imprensa, Mario Draghi também poderá dar algumas pistas sobre o futuro da política de quantitative easing e dos juros na Europa. Isto depois de, nesta quarta-feira, a Reserva Federal dos EUA ter avançado com mais uma subida da sua taxa de referência, a terceira neste ano, tendo antecipado para 2018 três novas subidas do preço do dinheiro na maior economia do mundo.
(Notícia atualizada com citações do comunicado do BCE)
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