Soares da Costa: plano de recuperação aprovado

A CGD e o BCP, os dois maiores credores da Soares da Costa votaram a favor do plano de recuperação da construtora. Plano aprovado por 79,45% do capital. Bancos espanhóis votaram contra.

O novo plano de recuperação (PER) da Soares da Costa foi aprovado pela maioria dos credores. O BCP e a CGD, dois dos maiores credores da construtora votaram a favor da viabilização da empresa. BPI, Bankinter, Popular e o angolano BIC votaram contra, sabe o ECO. Assim, o novo plano foi aprovado por 79,45% do capital, tendo votado contra 16,01%, enquanto que 7,54% do capital não votou.

Estas informações deverão ser conhecidas oficialmente na próxima segunda-feira.

A aprovação do PER, por parte dos credores, vem de encontro à expectativa do presidente da construtora. Joaquim Fitas. Fitas em declarações ao ECO , a 15 de novembro, data em que a construtora apresentou o novo plano de recuperação, mostrava-se confiante na aprovação pelos credores, incluindo a CGD, que tinha votado contra no primeiro plano apresentado.

“Estamos muito confiantes que o plano vai ter a aprovação por parte dos credores, inclusive por parte da Caixa Geral de Depósitos, o nosso maior credor, o que dará um sinal completamente diferente ao grau de aceitação por parte dos credores”, disse, na altura, o presidente da Soares da Costa.

O primeiro PER apresentado pela Soares da Costa, apesar de ter sido aprovado pelos credores, não foi homologado pelo tribunal. As reservas apresentadas pelo juíz do Comércio de Gaia incidiam sobre a diferença de tratamento que a empresa dava aos credores europeus e africanos.

Para Joaquim Fitas, o novo plano reviu esta situação. Ainda assim o presidente da Soares da Costa garantia que: “Não havia diferenciação entre credores europeus e africanos, o que havia era uma diferenciação entre moedas fortes e moedas fracas e que tinha a ver com a desvalorização cambial, mas este aspeto não foi entendido da mesma forma pelo juiz, por isso alterámos a situação e passamos a ter as moedas com o mesmo haircut e não fazemos também diferenciação entre dívida financeira e não financeira”.

Com uma dívida que ascende a 700 milhões de euros, a construtora está a pedir um perdão de dívida de 50%, o que em termos de volume corresponde a 300 milhões de euros.

A restruturação da empresa prevê ainda a saída de 700 trabalhadores, de um total de 1.700.

Já os custos totais da restruturação foram revistos em baixa, sendo agora de 36 milhões de euros versus os 45 milhões inscritos no primeiro plano.

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