CTT querem despedir 1.000 trabalhadores até 2020

Há um processo de rescisões a decorrer, ao qual já aderiram 140 trabalhadores. Até ao final deste ano, a empresa de correios espera atingir os 200. E, nos próximos três anos, quer despedir mais 800.

Os CTT querem rescindir com mil trabalhadores até ao final de 2020. A medida consta do plano de reestruturação apresentado esta terça-feira e será implementada de forma faseada. Atualmente, já está a decorrer um programa de rescisões, ao qual deverão aderir 200 trabalhadores até ao final deste ano. A partir do próximo, arranca um novo processo, que irá alongar-se pelos próximos três anos e que deverá levar à saída de mais 800 colaboradores.

O primeiro objetivo da empresa é “reforçar o programa de otimização de recursos humanos” atualmente em curso, através da “continuação da eliminação de redundâncias”. Cerca de 140 trabalhadores a tempo inteiro já aderiram a este programa, nas últimas semanas, e a empresa espera chegar aos 200 até ao final deste ano ou nos primeiros meses do próximo.

Já a partir de 2018, vai começar a ser implementado o novo programa de rescisões, através do qual a administração pretende despedir outros 800 trabalhadores. Feitas as contas, a empresa, que no final de 2016 contava com 12.401 trabalhadores, vai reduzir a sua força de trabalho em 8%.

Este segundo processo será uma das medidas implementadas para “reorganizar a rede de distribuição para melhorar a eficiência operacional”. A empresa planeia “redesenhar a arquitetura e a cobertura da rede de distribuição“, bem como “ajustar a dimensão e tipologia da frota e concentrar centros de distribuição postais”. Para além disso, os CTT querem “melhorar a eficiência dos processos de divisão e sequenciamento através da automatização” e “aumentar a produtividade através da redução do absentismo”.

Com estes despedimentos, a empresa espera poupar até 31 milhões de euros, um impacto positivo que só irá fazer-se sentir no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) em 2020. Os custos imediatos com indemnizações deverão superar este valor, ascendendo a 39 milhões de euros entre 2018 e 2019, estima a empresa.

Como parte do plano de reestruturação, os CTT admitem ainda que vão fechar lojas. A “otimização da cobertura da rede” será feita “através da conversão de lojas em postos de correio ou fecho de lojas com pouca procura por parte dos clientes”, pode ler-se no plano enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Ainda assim, ressalva, será assegurada “a proximidade com os cidadãos, qualidade dos serviços e as obrigações regulatórias”.

(Notícia atualizada às 17h51 com mais informação)

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