Preços das casas disparam 10% no terceiro trimestre
Os preços das casas não param de acelerar, uma tendência que se intensificou no terceiro trimestre deste ano.
Os preços das casas não param de acelerar, uma tendência que se intensificou no terceiro trimestre deste ano. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), entre o início de julho e o final de setembro, os preços das casas dispararam mais de 10%.
De acordo com o Índice de Preços da Habitação, os preços das casas subiram, em média, 10,4% no terceiro trimestre deste ano, face a igual período do ano passado. Trata-se da maior taxa de crescimento de preços do histórico do gabinete de estatísticas público, que remonta ao início de 2009.
Evolução dos preços das casas
Fonte: INE
O acentuar do crescimento dos preços dos imóveis é explicado em grande medida do aumento dos preços dos imóveis usados. “Para este resultado contribuiu decisivamente o comportamento do preço dos alojamentos existentes que observaram, pela primeira vez, uma taxa de variação positiva de dois dígitos (11,5%)“, especifica precisamente o INE. Já no caso das casas novas, verificou-se um crescimento de 6,9% dos preços no terceiro trimestre face ao período homólogo.
Vendas também crescem
A subida dos preços foi acompanhada por um aumento do número de imóveis vendidos, que também ascendeu a um novo máximo do histórico disponível. No terceiro trimestre deste ano foram vendidos em Portugal um total de 38.783 casas, o que corresponde ao número mais elevado desde pelo menos o início de 2009.
Esta evolução foi alimentada, sobretudo pelo crescimento das vendas de casas usadas que ascenderam a um total de 32.864. Este número equivale a 84,7% do total de transações e corresponde à proporção mais elevada do histórico. No caso das casas novas, as transações totalizaram 5.919 no terceiro trimestre do ano.
Em termos de distribuição geográfica das transações realizadas, Lisboa continua a liderar o ranking. Entre o início de julho e o final de setembro de 2017, foram transacionados 13.140 imóveis localizados na Área Metropolitana de Lisboa. Ou seja, um terço do total.
O aumento do número das transações de casas e do preço médio a que são efetuadas acontece num período marcado pela melhoria das perspetivas económicas do país que levam mais pessoas a avançar com a decisão de comprar casa. Um cenário que é alimentado pela maior abertura dos bancos para financiar este tipo de aquisições. Disponibilidade que é ilustrada pela descida dos spreads exigidos e pelo aumento da concessão de crédito.
(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)
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