Draghi arrasta euro para mínimo desde março
O Banco Central Europeu sinalizou que o programa de compra de ativos não vai terminar de forma abrupta. O euro caiu. Está no nível mais baixo desde março.
O euro desceu para o nível mais baixo desde março contra o dólar. Isto depois de o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ter sinalizado numa conferência de imprensa que o alívio quantitativo não vai terminar de forma “abrupta”. O banco central decidiu manter as taxas de juro nesta reunião.
A moeda única recuou para um mínimo de 1,0896 dólares. A divisa seguia recentemente em baixa de 0,2% para 1,0908 dólares. Esta poderá marcar a terceira semana de perdas para o euro depois de Draghi ter dito que não foi discutida a redução ou prolongamento das compras de obrigações na reunião de ontem. Os traders vão agora ter de esperar por dezembro para obterem novas pistas.
“Draghi não falou em reduzir [o alívio] e sugeriu que poderá haver alívio em dezembro. Isto levou os traders a incorporarem uma descida do euro“, diz Matt Simpson, um analista de mercado da ThinkMarkets, em Singapura. O analista prevê uma queda para 1,0830 dólares.
Na quinta-feira, o presidente do banco central disse que a compra de dívida irá durar até que a inflação se aproxime do objetivo de 2%. Contudo, a decisão final só será conhecida em dezembro, altura em que o BCE dá a conhecer a atualização das projeções para a economia da Zona Euro.
Sobre Portugal, Mario Draghi elogiou os “progressos notáveis”, mas disse que o país precisa de fazer mais. Draghi garantiu que as obrigações nacionais ficarão de fora do radar do plano de compra de ativos no setor público (PSPP, na sigla inglesa) caso a agência canadiana DBRS corte o rating da dívida portuguesa esta sexta-feira. É esta a única agência de notação financeira que considera a dívida nacional num grau de investimento, uma condição essencial para manter as obrigações elegíveis no âmbito do PSPP.
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