Estado empresta 140 milhões para reembolsar lesados do BES
Os lesados do BES vão ser compensados diretamente com dinheiro do Estado. Cai, por isso, a garantia estatal que estava prevista. Objetivo é acelerar processo e torná-lo menos dispendioso.
Os lesados do papel comercial do Banco Espírito Santo (BES) vão ser compensados diretamente pelo Estado. E não através de empréstimos dos bancos, com garantia pública. O objetivo é, segundo o advogado que representa estes clientes e que participou no desenho da solução, acelerar o processo. Mas é também uma “solução mais económica do ponto de vista financeiro”.
A Patris, o fundo que tem como missão reembolsar estes clientes, vai financiar-se com um empréstimo estatal, que deverá ascender a um montante perto dos 140 milhões de euros. Cai, por isso, a garantia estatal que estava prevista, avança o Jornal Económico e o Observador. Esta informação já foi confirmada pelo ECO.
"[Esta solução “não acrescenta nenhuma obrigação [ao Estado]. Pelo contrário, até beneficia. Ao eliminar o custo do sindicato bancário, o valor da garantia também diminuiu.”
Esta é uma solução “que não acrescenta nenhuma obrigação [ao Estado]. Pelo contrário, até beneficia”, explica o advogado Luís Miguel Henrique, advogado que representa a Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial, ao ECO. É que “ao eliminar o custo do sindicato bancário”, o valor da “garantia também diminuiu”, acrescenta.
Para além de ser uma solução “mais económica do ponto de vista financeiro”, também permite poupar tempo. “Poupa-nos três ou quatro semanas”, refere o advogado. Luís Miguel Henrique relembra, contudo, que apesar de acelerar o processo, ainda “serão necessários três ou quatro meses” para os clientes lesados do BES começarem a receber as indemnizações. A primeira tranche só deverá chegar, por isso, no final de abril.
(Notícia atualizada às 15h54 com mais informação)
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