Mais remunerações mas ainda mais impostos: poupança das famílias regista valor mais baixo desde 1999
A taxa de poupança das famílias caiu para 4,4% do rendimento disponível, no ano terminado em setembro. Este é o valor mais baixo desde 1999, o início da série do INE.
A taxa de poupança das famílias registou um novo mínimo: caiu para 4,4% do rendimento disponível no ano terminado em setembro, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este é o valor mais baixo desde 1999, quando começa a série estatística do INE.
A poupança das famílias está agora um ponto percentual abaixo do registado há três meses (quando era de 5,4%) e o organismo de estatística nota que neste período — que inclui o último trimestre de 2016 e os primeiros três trimestres deste ano — o rendimento disponível das famílias diminuiu 0,3%.
Taxa de poupança a cair
Fonte: INE
A redução do rendimento das famílias neste período explica-se, diz o INE, por um aumento mais acentuado dos impostos pagos do que a subida das remunerações. Por outras palavras, quer dizer que neste período em concreto as remunerações das famílias até subiram, mas os impostos pagos subiram ainda mais. Ainda assim, o INE sublinha que esta variação resulta sobretudo de um efeito de compensação.
Tal como explica o organismo de estatísticas, os impostos sobre o rendimento contribuíram negativamente para a evolução dos rendimentos das famílias com 0,8 pontos percentuais. Mas o contributo do aumento das remunerações ficou-se pelos 0,6 pontos, o que explica que, feitas as contas, o rendimento disponível tenha diminuído.
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