Rui Leão Martinho: “Todos são necessários, todos são bem-vindos”
Na tomada de posse como bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho definiu as prioridades para os próximos quatro anos: dignificar a profissão, atrair membros e aproximar-se da Academia.
Após cumprir um mandato de quatro anos à frente da Ordem dos Economistas, Rui Leão Martinho foi reeleito para a posição de bastonário. Cabeça da lista que foi a única candidata, o economista definiu, no seu discurso de tomada de posse, as prioridades para os próximos quatro anos: dignificar a profissão, atrair mais membros e aproximar-se da Academia.
“Entre os muitos objetivos está o aumento do número de membros através dos novos profissionais e dos que já trabalham”, apontou Leão Martinho do seu discurso. “Todos são necessários, todos são bem-vindos”. Só assim será possível “continuar e aprofundar o trabalho que foi feito no mandato anterior”.
A lista, que contava com nomes como Joaquim Miranda Sarmento, Ricardo Arroja ou Pedro Fontes Falcão, candidatou-se sob o tema “Avançar no fortalecimento da Ordem e no reforço do prestígio dos economistas ao serviço de Portugal”. Ao ECO, e à margem da cerimónia, o bastonário reeleito considerou como prioridade “tornar a profissão de economista cada vez mais dignificada”.
Aproximação à Academia
Tal como já tinha afirmado numa declaração à agência Lusa, aquando da vitória, Rui Leão Marinho sublinhou, esta segunda-feira, a necessidade de estreitar as ligações entre a Ordem e a realidade económica e social do país. Sublinhando vários sinais de melhoria da economia portuguesa, como a desalavancagem da banca e a redução do desemprego, Leão Martinho deixa o alerta: “As causas profundas do nosso desequilíbrios continuam por resolver”.
“Cumprimos escrupulosamente as regras europeias mas, no Parlamento, temos a dificuldade de aprovar as reformas necessárias para o bem-estar da população e o avanço da economia”, considerou no discurso de tomada de posse, apontando a demografia e os hábitos de poupança como aspetos a ter em conta. E nos quais a Ordem pode intervir.
“Através não só das nossas publicações, como do nosso think tank e de outras iniciativas, queremos desenvolver a ciência económica em temas que afetem mais as pessoas”, detalhou ao ECO. A Ordem continuará assim a trabalhar para desenvolver medidas que possam ser apresentados aos órgãos de soberania, “porque eles é que têm a capacidade de, sobre esses temas, regular e legislar”.
Ainda assim, e segundo as palavras do bastonário reeleito, o esforço tem de começar ainda na Academia, onde se encontra o futuro da profissão. “Queremos aprofundar a relação com a Academia, principalmente ir aos últimos anos e tentar perceber quais são os anseios e as expectativas desses alunos, tanto das licenciaturas como dos mestrados. E que que maneira é que a Ordem pode ajudar”, concluiu o bastonário reeleito ao ECO.
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