PJ não está a investigar caso dos bilhetes do Benfica pedidos por Centeno
O ministro das Finanças pediu para assistir ao jogo de futebol entre o Benfica e o Porto na tribuna presidencial do Estádio, e levou o filho.
A Polícia Judiciária (PJ) não está a investigar o pedido do ministro das Finanças, feito à direção do Benfica, para ver um jogo do clube contra o FC Porto — encontro realizado em abril de 2017 — na tribuna presidencial do Estádio da Luz, apurou o ECO.
Tal como confirmou o Ministério das Finanças, em março o Governo pediu à direção do Benfica que convidasse o ministro das Finanças para assistir à partida do Benfica-Porto, de 1 de abril, a partir da tribuna presidencial. O ministro levou consigo o filho.
Esta segunda-feira, o Correio da Manhã lembrou que uma semana depois do pedido dos convites, a família de Luís Filipe Vieira viu aprovado um pedido de isenção de IMI para um prédio que tinha sido recuperado e associou os dois factos a uma interferência de Centeno — uma intervenção que foi negada no próprio dia pelo Ministério das Finanças. O jornal disse ainda que o caso dos pedidos de bilhetes e da isenção de IMI estaria já a ser investigado pela PJ.
Contudo, segundo apurou o ECO, a PJ não está a conduzir qualquer investigação. Também a Procuradoria-Geral da República adiantou ao Observador, esta segunda-feira à noite, que está a acompanhar o caso, mas que “até ao momento” ainda “não há qualquer inquérito relacionado com a matéria”. O Ministério Público está ainda “a decidir se há, ou não, qualquer procedimento a desencadear no âmbito das respetivas competências”, somou a mesma fonte, ao jornal. E só depois da eventual abertura de um inquérito, é a PJ poderá dar início a diligências no terreno. O que, até aqui, não aconteceu.
Na segunda-feira, o ministro das Finanças desvalorizou o caso, recusou qualquer polémica e garantiu o “cumprimento escrupuloso” do Código de Conduta do Governo. O ECO fez a prova dos 9 às declarações do ministro, que pode ler aqui.
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