Centeno: “Há 45 anos que vejo jogos do Benfica e não espero deixar de os ver”
O ministro das Finanças diz que há "um cumprimento escrupuloso do código de conduta" a que os membros do Governo estão sujeitos.
O ministro das Finanças rejeitou esta segunda-feira, em Bruxelas, qualquer polémica em torno do pedido de bilhetes para assistir a um jogo do Benfica e assegurou que tenciona continuar a deslocar-se ao estádio da Luz, como faz “há 45 anos”.
“Não há polémica rigorosamente nenhuma. Há um cumprimento escrupuloso do código de conduta a que todos os membros estão obrigados”, começou por dizer Mário Centeno, quando questionado, à saída de uma reunião na sede da Comissão Europeia, sobre o pedido de bilhetes para assistir ao Benfica-FC Porto da época passada, em 1 de abril de 2017, juntamente com o filho, na bancada presidencial.
Segundo o ministro, que se deslocou a Bruxelas na condição de presidente eleito do Eurogrupo, esta “é uma questão que é relevante esclarecer”, tal como o seu ministério já teve oportunidade de fazer, por comunicado, pois “há questões de segurança que são muito relevantes para todos os membros do Governo, elas são avaliadas com o corpo de segurança pessoal, e foi apenas esse o contexto que levou a essa decisão, nada mais do que isso”.
Questionado sobre se tenciona voltar a pedir bilhetes para assistir ao vivo a encontros do Benfica, Centeno disse que “isso agora é uma questão que não se põe”, mas apontou que “todas as decisões são tomadas sempre com os mesmos princípios”.
“Há, e como eu lhe disse, as questões de segurança que acabei de referir que são determinantes nas nossas tomadas de posições, mas também posso dizer que há 45 anos que vejo jogos do Benfica e não espero deixar de os ver nos próximos tempos”, concluiu.
O Observador noticiou na passada sexta-feira que Mário Centeno “pediu lugares para si e para o filho para o Benfica-Porto da época passada”, disputado em 1 de abril de 2017, tendo o gabinete do ministro das Finanças confirmado esse pedido de “dois lugares para a bancada presidencial”, que justificou com razões de segurança.
Já no sábado, o primeiro-ministro, António Costa, rejeitou igualmente qualquer polémica em torno deste episódio, considerando que se o ministro das Finanças pediu bilhetes ao Benfica para assistir a um jogo de futebol na bancada presidencial, “certamente tinha boas razões” para isso.
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