Bancos e fundos ficam com 75% dos 4.000 milhões de dívida do Estado
Portugal emitiu 4.000 milhões de euros esta manhã, mas a procura dos investidores foi bastante mais elevada, alcançando os 18,85 mil milhões de euros. Subidas de rating já surtem efeito.
Mais de 75% da emissão realizada esta quarta-feira pelo Tesouro português foi parar às mãos de fundos de investimento e de bancos. Já os hedge funds, que apostam nas dívidas vulneráveis, ficaram com apenas 5% do montante emitido, numa altura em que Portugal beneficia das novas avaliações atribuídas pela Fitch e pela S&P, que no ano passado retiraram a dívida portuguesa do nível de “lixo”.
A informação foi disponibilizada, esta tarde, pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, que dá conta de que Portugal pagou uma taxa de juro de 2,137% pela emissão de 4.000 milhões de euros de dívida a 10 anos. A procura excedeu largamente a oferta, fixando-se em 18,85 mil milhões de euros.
A justificar a procura elevada estão as subidas de rating do ano passado. “A operação seguiu-se aos recentes upgrades ao nível de investimento, tanto da Standard & Poor’s como da Fitch, setembro e dezembro de 2017, respetivamente, e é a prova da melhoria de posição de Portugal nos mercados do euro“, pode ler-se na nota emitida pelo IGCP.
“No espaço de uma hora, os investidores deram indicação de interesse que ultrapassou a oferta em 13 mil milhões de euros”, acrescenta o comunicado.
O IGCP aponta ainda que “a distribuição geográfica foi diversificada, com grande participação de investidores baseados no Reino Unido, Europa Central, América do Norte e Escandinávia”. Quanto ao tipo de investidor, “a maior procura veio dos bancos/bancos privados, gestores de fundos e fundos de pensões e seguradoras”.
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