Custo médio da dívida pública cai para 3%. É o mais baixo da década

O último trimestre do ano foi crucial para o custo da dívida pública portuguesa baixar de forma significativa. A subida de rating de S&P e a queda dos juros no mercado secundário ajudaram.

Portugal passou a pagar, em média, um juro de 3% pela sua dívida pública. Esta é a taxa mais baixa da década, pelo menos, segundo os dados publicados pela Agência de Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) esta sexta-feira. O custo da dívida portuguesa emitida em 2017 caiu para os 2,6%, face aos 2,8% em 2016, o que ajudou a reduzir os encargos totais.

Linha azul: custo da dívida emitida no ano assinalado. Linha vermelha: custo da dívida total.

Esta redução deve-se principalmente ao quarto trimestre, uma vez que até setembro o custo da dívida emitida era de 2,8%. Foi nos últimos três meses do ano que o custo diminuiu significativamente, o que permitiu reduzir o custo da dívida emitida, no total do ano, para os 2,6%.

A primeira notícia positiva para a dívida pública foi a melhoria do rating português para grau de investimento, em setembro, pela Standard & Poor’s, seguida pela revisão em alta da notação por parte da Fitch, já em dezembro. A atuação das agências internacionais, ao mesmo tempo que o BCE se manteve no mercado, levou à queda dos juros da dívida no mercado para mínimos de 2015. A taxa a dez anos baixou dos 2%. Portugal passou a ser menos arriscado que Itália.

Esta evolução aconteceu ao mesmo tempo que o Governo acelerou o processo de pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional em 2017. E num contexto de redução da divida em função do PIB, dois fatores que fizeram aumentar a confiança dos investidores nos títulos portugueses. A dívida bruta terá terminado o ano em 126,2% do PIB, de acordo com as projeções do Governo.

Na mesma apresentação para os investidores estrangeiros é possível concluir que o IGCP fechou o ano de 2017 com uma almofada financeira de 9,8 mil milhões de euros. Em relação ao montante “guardado” no final de 2016, existe uma diferença de 400 milhões de euros. Em 2018, o IGCP prevê terminar o ano com uma almofada financeira de oito mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 18h37)

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