SPD de Schulz aprova negociações com Merkel para formar Governo
O congresso federal do SPD, que se realizou na cidade de Bona, aprovou por maioria a proposta do líder do partido, Martin Schulz.
O Partido Social-Democrata alemão (SPD) aprovou este domingo a abertura de negociações formais para uma nova coligação de Governo com o bloco conservador da chanceler Angela Merkel.
O congresso federal do SPD, que se realizou na cidade de Bona, aprovou por maioria a proposta do líder do partido, Martin Schulz. O líder do SPD pedia o “sim” a um pré-acordo para formar um Governo estável na Alemanha. Correntes internas no partido, como a dos jovens, estavam contra esta orientação.
Como conta o The Guardian, a luz verde dada pelo partido foi cautelosa. Schulz esforçou-se por mostrar que o acordo preliminar permitirá levar a bom porto medidas do SPD. “O SPD tem de ser e vai ser visível, audível e reconhecível”, disse Martin Schulz. E defendeu que não há tempo a perder se a Alemanha quer ter uma palavra a dizer no futuro da Europa. “Se queremos intervir na Europa e pela Europa, não podemos esperar mais uns anos”, disse o lider do SPD. “Têm de ser tomadas decisões importantes agora — não dentro de três, quatro ou cinco anos”, frisou ainda.
A Bloomberg adianta que a votação foi renhida e que, de entre os 600 congressistas, a maioria que aprovou a decisão foi curta. “Se podemos alcançar algo de bom para o povo deste país, se podemos alcançar algo de bom para o povo da Europa, devemos fazê-lo”, sublinhou Schulz, citado pela agência. “Penso que este é o caminho mais corajoso a seguir”, somou.
Ao final do dia deste domingo, a CDU de Merkel ainda se vai reunir em Berlim para avaliar os resultados da votação do SPD. Espera-se que as negociações formais entre os dois líderes arranquem já amanhã.
O pré-acordo de Schulz e Merkel defende que é preciso “um novo despertar para a Europa”. No documento, deverá agora servir de enquadramento para a fase final de negociações, está previsto mais financiamento para a zona euro, um trabalho mais próximo com França — uma intenção reafirmada este domingo pela própria chanceler e por Emmanuel Macron — e o aval à criação de um Fundo Monetário Europeu.
Contudo, o documento não adianta nada sobre o tema da união bancária, não dá detalhes sobre o Fundo Monetário Europeu — nomeadamente se o controlo deve ser feito na esfera europeia ou nacional — e não toca no ponto do Brexit.
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