Agora não, mas Montepio vai precisar de mais capital nos próximos três anos
Segundo o Banco de Portugal, o banco liderado por Félix Morgado vai precisar de outra injeção de capital daqui a três anos, quando a Santa Casa já deverá fazer parte da estrutura acionista.
A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) precisará de nova injeção de capital nos próximos três anos, altura em que a Santa Casa de Lisboa já deverá ser um dos acionistas da instituição financeira ainda liderada por Félix Morgado, avança o Público (acesso condicionado). Este reforço, previsto em vários estudos realizados pelo Banco de Portugal, deve-se ao modelo de negócio e aos riscos que o banco assumiu no passado, como a venda de produtos da Associação Mutualista ao balcão do Montepio.
Para o banco central liderado por Carlos Costa, avança o Público, as mudanças em curso na gestão do Montepio vão afastar as dúvidas em torno do grupo. Além disso, não existe neste momento uma perceção de risco elevado. Ou seja, o banco cumpre com alguma margem os rácios de capital impostos, reforçados pelo aumento de capital de 200 milhões da Associação Mutualista, dona da CEMG.
No entanto, o banco terá nos próximos três anos que recorrer aos seus acionistas, avança o jornal, numa altura em que a Santa Casa de Lisboa já deverá fazer parte desta estrutura. E, se for esse o caso, terá de entrar com dinheiro nesta injeção.
Segundo o Expresso, a Santa Casa poderá vir a pagar mais que o previsto para entrar no capital do Montepio. Inicialmente, o investimento deveria ser de 200 milhões de euros, o que corresponderia a 10% do capital do banco. Contudo, há agora outra possibilidade em cima da mesa: a SCML poderá vir a pagar 160 milhões de euros por 6% do capital, o que encarece o negócio. Assim, em vez de dois mil milhões, o Montepio poderá ficar avaliado em 2,6 mil milhões.
No Plano de Ação da Associação para 2018, aprovado no final do ano passado, o banco está avaliado em 2,045 mil milhões. No mesmo documento, está previsto que o orçamento de 2018 o valorize em 2,09 milhões.
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