Ministro da Educação não é adepto de “ranking” das escolas
Tiago Brandão Rodrigues não é adepto das listas de escolas por considerar que as realidades do ensino superior público e privado não podem ser comparadas.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues reafirmou, hoje, em Viana do Castelo que “não é adepto” das listas de escolas por considerar que as realidades do ensino público e privado não podem ser comparadas.
“Eu disse há um ano que não era adepto destas listas seriadas e continuo a manter a minha opinião porque sei que o bom trabalho que se faz nas escolas vai muito além dos ‘ranking'”, afirmou o governante.
Questionado pelos jornalistas sobre os resultados dos exames nacionais, que colocam 27 escolas privadas à frente das públicas, Tiago Brandão Rodrigues, disse que as “escolas públicas são muito mais do que as notas dos exames de fecho de ciclo“.
“São os exames, mas também todo o trabalho que se faz, todos os dias, em contextos socioculturais e económicos tão diferentes e que precisamos todos de valorizar”, defendeu Tiago Brandão Rodrigues.
“Que diferença é que há numa escola que está no número 200 lugar ou que está no número 350? Que diferença é que há entre uma escola que tem de lidar todos os dias, aí sim há diferença, com um meio socioeconómico complexo, comparativamente, a uma escola que pode escolher os alunos e dizer quais são os que contarão para essa lista seriada? Obviamente que são realidades que não podem ser comparadas”, disse.
Os primeiros 27 lugares das escolas com melhores médias nos exames nacionais do secundário são ocupados por colégios privados, registando-se uma subida de cinco lugares das escolas públicas no ‘ranking’ elaborado pela agência Lusa.
"Os exames servem, acima de tudo, para entendermos e para seriarmos a entrada no ensino superior, acima de tudo, porque as instituições de ensino superior assim o pedem e o Ministério corresponde, mas há vida para além dos exames”
“Todos sabemos a realidade que enfrenta, todos os dias, a nossa escola pública, de luta constante para que a equidade e o sucesso escolar aconteçam em cada um dos contextos socioeconómicos do país, independentemente, de estarmos numa aldeia do Alto Minho ou num bairro da grande Lisboa”, referiu o ministro da Educação.
“Os exames servem, acima de tudo, para entendermos e para seriarmos a entrada no ensino superior, acima de tudo, porque as instituições de ensino superior assim o pedem e o Ministério corresponde, mas há vida para além dos exames”, destacou.
O governante adiantou que, este ano, “em nome da transparência”, o Ministério da Educação forneceu novos indicadores para a elaboração das listas seriadas, nomeadamente, do ensino profissional para “valorizar” uma via que o Governo “não quer ver secundarizada nem estigmatizada”.
Tiago Brandão Rodrigues disse que o “importante” para o Governo é “trabalhar para que cada aluno possa dar o seu máximo“, apontando como exemplo o investimento de 5,8 milhões de euros que está em curso na escola EB 2/3 Frei Bartolomeu dos Mártires, em Viana do Castelo.
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