Martin Schulz demite-se da liderança do SPD
O líder do partido social-democrata alemão anunciou que vai demitir-se depois de o seu partido aprovar a coligação acordada hoje com o partido liderado por Angela Merkel.
Martin Schulz anunciou esta quarta-feira que vai demitir-se como líder do partido social-democrata SPD, no mesmo dia em que o partido chegou a um acordo com a CDU de Angela Merkel para formar Governo e maioria parlamentar.
Martin Schulz disse estar otimista de que os membros do SPD vão aprovar a coligação com a CDU. Depois dessa ratificação, porém, pretende demitir-se. De acordo com a agência Reuters, Schulz, que se demitiu do posto de presidente do Parlamento Europeu para se candidatar contra Merkel nas eleições alemãs, quer ser ministro dos Negócios Estrangeiros na coligação com a CDU, e acredita que o SPD “precisa de um líder que não pertença ao Governo”.
Para o seu lugar como líder dos social-democratas, Schulz assumiu preferir a deputada Andrea Nahles, antiga ministra do Trabalho e agora líder parlamentar do SPD. De acordo com a Deutsche Welle, Andrea Nahles é da ala mais à esquerda do partido social-democrata, e já teria discutido com Schulz a possibilidade de tomar o seu lugar à frente do partido se este se tornasse membro do governo.
Martin Schulz confirma assim notícias publicadas em jornais como o Süddeutsche Zeitung que indicavam que o líder do SPD não planeava manter-se à frente do partido se fizesse parte de um Governo de coligação.
O acordo atingido esta quarta-feira foi negociado durante um longo período de tempo, já que as eleições tiveram lugar em setembro. A CDU de Angela Merkel fez grandes concessões, segundo a presidente alemã. Agora, o acordo será referendado junto dos 460 mil membros do partido de Schulz. Se a maioria o aprovar, Angela Merkel poderá assim dar início ao seu quarto mandato.
O ministro dos Negócios Estrangeiros deverá então ser Martin Schulz, com outro membro do seu partido, Olaf Scholz, a ficar com a pasta das Finanças.
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