Kuroda reconduzido na liderança do Banco do Japão

O atual presidente do Banco central nipónico foi reconduzido no cargo por mais cinco anos. Escolheu como vice um defensor do "quantitative easing".

O Japão reconduziu Haruhiko Kuroda na liderança do Banco do Japão, para mais um mandato de cinco anos. A indicação foi feita nesta sexta-feira, tendo sido escolhido como seu vice um defensor do “quantitative easing“, num sinal de que o banco central nipónico não tem pressa de desligar o programa de estímulos, explica a Reuters.

O atual mandato de Kuroda termina em abril. A extensão, por mais cinco anos, faz com que Kuroda seja o presidente que mais tempo esteve à frente dos destinos do Banco do Japão nos últimos 50 anos, um sinal da confiança que este tem suscitado no que respeita à sua capacidade de puxar pela economia nipónica.

Em abril de 2013, Kuroda lançou o que os analistas e investidores chamaram de “bazuca” da flexibilização monetária, focada em grandes compras de títulos da dívida do Governo e outras políticas não convencionais.

Essa nomeação foi bem acolhida pelo mercado acionista japonês que vê uma maior probabilidade de a atual política de estímulos se manter no Japão, em contraciclo com o sentido que os restantes principais bancos centrais têm optado. Especificamente a Reserva Federal dos EUA, que subiu os juros no ano passado por três vezes, esperando-se que este ano avance pelo menos com três novos aumentos das taxas.

Na Europa, o programa de compras do BCE foi reduzido para metade — 30 mil milhões de euros mensais — mas, pelo menos para já, não há indicação de quando poderá ocorrer um aumento dos juros de referência na Zona Euro.

Masayoshi Amamiya, que já pertencia ao banco central, e Masazumi Wakatabe, professor universitário e defensor da flexibilização monetária radical, foram escolhidos para vice-governadores.

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