Morais Sarmento apontado para vice-presidente. “Rio não vai hesitar nas reformas do país”, diz no congresso
Aquele que deverá ser o primeiro vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, afirmou este sábado que o novo líder é "um homem capaz de não hesitar nas mudanças e nas reformas que Portugal precisa".
Nuno Morais Sarmento discursou este sábado em antecipação do anúncio da equipa de Rui Rio, da qual deverá fazer parte. Segundo o Jornal de Notícias, Morais Sarmento vai ser o primeiro vice-presidente do PSD na nova direção. No seu discurso no 37.º congresso do partido, o social-democrata deixou uma mensagem de confiança para o novo líder: é “um homem que considero dos poucos portugueses capazes de não hesitar nas mudanças e nas reformas que Portugal tem de fazer, mesmo que isso afronte as populações sindicais ou judiciais“.
O presumível braço direito de Rui Rio começou o discurso por criticar a atuação do Estado nos incêndios do verão, elogiando o papel dos bombeiros e dos autarcas do PSD, em específico de Fernando Ruas, ex-autarca que estava em palco no papel de presidente da mesa do congresso. “O país acordou finalmente para o país esquecido”, afirmou, fixando como prioridade a descentralização.
Acredito na capacidade de Rui Rio para pensar, mobilizar e liderar o projeto alternativo à frente de esquerda.
Quanto ao futuro, Morais Sarmento quer “romper” e “desafiar” ao lado de Rui Rio no qual acredita pelo seu sentido de “serviço” e “determinação”. “Acredito na sua capacidade para pensar, mobilizar e liderar o projeto alternativo à frente de esquerda e ao PREC que agora nos querem impor”, afirmou, acrescentando que “francamente ainda não percebi como é que vamos pagar este verdadeiro PREC”.
E até pediu a ajuda de Marcelo, o qual elogiou, pela sua “sensibilidade” e “princípios de social-democrata”, desafiando-o a “patrocinar” os pactos de regime que se avizinham porque se o fizer “deixa-se de falar em centrão”.
Num discurso para o partido, Nuno Morais Sarmento destacou um dos primeiros combates políticos da nova liderança, as eleições regionais da Madeira no início do próximo ano, recorrendo à luta de todos os militantes. Para o social-democrata a questão “não é enfrentar o PS”, mas sim “enfrentar sem medo toda esta frente popular de esquerda”. Momento que aproveitou para criticar ferozmente a atual solução governativa, destacando o “revivalismo estatizante” atual.
Dois dos três partidos [da geringonça] pretendem fazer com que Portugal ande para trás 30 anos.
“Os recursos do Estado já não servem para garantir as funções essenciais e pagar o que devemos, mas servem para satisfazer em primeiro lugar os interesses da frente de esquerda“, denunciou, garantindo que “dois dos três partidos [da geringonça] pretendem fazer com que Portugal ande para trás 30 anos”. Morais Sarmento aproveitou ainda para criticar a “irresponsabilidade do auto elogio do crescimento económico” para o Governo, argumentando que “isso acontece sem que nada tenha mudado”.
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