CDS fala em convergência, PS à espera do diálogo com o PSD
Se Cristas vê em Rio mais uma voz contra a geringonça, o PS espera ver uma porta aberta para o diálogo, apesar de criticar a imagem desfasada que o partido da oposição tem do país.
O congresso do PSD chegou ao fim. Rui Rio é o novo líder de um partido com o qual o CDS, que chegou a governar em coligação durante o mandato de Passos Coelho, espera ver convergência. Se Cristas vê em Rio mais uma voz contra a geringonça, o PS espera ver uma porta aberta para o diálogo, apesar de criticar a imagem desfasada que o partido da oposição tem do país. PCP não esquece o passado.
Assunção Cristas (CDS): “Quando há convergência de matérias isso é positivo”
A líder do CDS considera que a convergência de agenda entre o seu partido e o PSD é positiva, uma vez que dá força às ideias dos centristas. “Quando há convergência de matérias isso é positivo”, refere Assunção Cristas em reação ao discurso de Rui Rio. Isto fará com que “aquilo que o CDS vem falando — e que é muitas vezes desvalorizado por todos — seja certamente mais valorizado com duas vozes a dizer o mesmo”.
Questionada se não considera que o discurso do novo presidente do PSD foi mais dirigido ao PS do que ao CDS, Cristas reitera: “o que eu ouvi é que há uma convergência de pensamento”, nomeadamente a nível da demografia do país, natalidade, envelhecimento e coesão territorial. “Há possibilidade de se trabalhar em pararelo”, defende.
Ana Catarina Mendes (PS): “É de sublinhar de forma positiva a intenção de diálogo”
O discurso de Rui Rio não escapa às críticas do PS. “Aquilo que aconteceu neste congresso e que o país pode assistir foi essencialmente a vida interna do PSD e muito pouco para dizer a país. Do que resta deste discurso de Rui Rio é que a sua retórica não condiz com aquilo que é a realidade nos dias de hoje e que Rui Rio se esqueceu propositadamente de referir”, defendeu a deputada Ana Catarina Mendes.
"O PS sempre esteve disponível para todos os diálogos. Aquilo que se esperava neste Congresso também era que houvesse propostas concretas para sabermos que diálogo, mas é de sublinhar de forma positiva a intenção de Rui Rio de vir ao diálogo com o PS.”
Apesar das críticas, a secretária-geral-adjunta do PS não deixa de elogiar a disponibilidade de Rio para o diálogo entre os partidos. “O PS sempre esteve disponível para todos os diálogos. Aquilo que se esperava neste Congresso também era que houvesse propostas concretas para sabermos que diálogo, mas é de sublinhar de forma positiva a intenção de Rui Rio de vir ao diálogo com o PS”, salientou a deputada.
Armindo Miranda (PCP): Nova liderança, mas “velha política da desgraça”
O PCP, um dos partidos da gerigonça, não está otimista em relação a este novo PSD. “Aquilo que podemos deduzir da intervenção do novo presidente do PSD é que é a velha política que trouxe o país para a desgraça em que está”, afirma o deputado do PCP Armindo Miranda.
“Se alguma vez ele vier a ser primeiro-ministro, e esperemos que não, o roubo nos salários e nas pensões, o que tem sido conseguido nos últimos anos, vai regressar ao que estávamos há dois anos”, acrescentou.
O dirigente comunista atacou também Rui Rio por considerar o aumento do consumo “um inimigo do desenvolvimento económico, quando os especialistas dizem que é um aliado”.
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