Portugueses entre os europeus que mais tencionam poupar
Estudo do Cetelem demonstra que os portugueses são dos que pretendem poupar na Europa, depois de terem visto o seu rendimento aumentar em 2015.
As intenções de poupança dos portugueses estão a aumentar. Segundo o estudo Observador Cetelem do Consumo, 53% dos inquiridos revelou a intenção de aumentar as suas poupanças nos próximos 12 meses, um resultado que sinaliza um ligeiro aumento face à sondagem realizada no ano passado. Em 2015, 46% dos inquiridos tinha revelado essa intenção.
O mesmo estudo do Cetelem mostrou ainda que os portugueses são dos povos da Europa que mais vontade demonstram de incrementar os seus níveis de poupança. Apenas os italianos, apresentam intenções de poupança (56%) mais elevadas do que as reveladas pelos cidadãos nacionais.
Já no que respeita às despesas, enquanto o estudo constatou uma tendência generalizada para uma subida dos gastos, com os eslovacos (71%), os checos (63%) e os polacos (61%) na liderança, os dados relativos a Portugal sinalizam uma trajetória inversa. Apesar de não existirem diferenças significativas face à sondagem realizada no ano passado, apenas 35% dos consumidores nacionais mostrou-se disponível para aumentar as despesas. Este valor está abaixo da média europeia, que se situa nos 40%. Mas, na Europa há quem esteja ainda menos disponível a abrir os cordões à bolsa do que os portugueses. É o caso dos dinamarqueses (25%), dos húngaros (26%) e dos franceses (28%).
A crescente orientação para a poupança da população portuguesa acontece depois de que, “em 2015, as famílias portuguesas viram o seu rendimento disponível aumentar e beneficiaram da criação de emprego“, como diz o estudo do Cetelem.
O Observador Cetelem do Consumo avança ainda que a classificação dada pelos portugueses à situação geral do país apresentou melhorias pelo terceiro ano consecutivo. No entanto, os portugueses continuam a ser dos mais duros na avaliação da situação do seu país.
Na realização deste estudo, foram inquiridos 10.673 europeus com amostras de, pelo menos, 800 indivíduos por país, das quais pelo menos 275 com idades entre os 50 e os 75 anos. O inquérito, feito através da Internet, realizou-se em 13 países: Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido, Hungria, Polónia, República Checa, Eslováquia e Roménia. Os inquéritos foram realizados entre 2 de novembro e 4 de dezembro de 2015.
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