Fed confiante na economia. Subida de juros é “apropriada”

A expansão económica dos EUA deverá ganha “momentum“, reforçando os argumentos relativamente a uma subida dos juros no curto prazo, indicam as minutas da última reunião da Reserva Federal norte-americana que decorreu entre 30 e 31 de janeiro.

“Os membros concordaram que o fortalecimento do outlook económico de médio prazo aumentou a probabilidade de uma trajetória ascendente da taxa diretora ser apropriada“, referem as minutas da última reunião sob os comandos de Janet Yellen.

Na reunião de janeiro, a Fed deixou os juros inalterados no intervalo entre 1,25% e 1,5%, e disse que a inflação deverá subir este ano e estabilizar em torno de 2% no médio prazo.

O documento divulgado nesta quarta-feira refere que a informação recentemente recebida dos membros votantes sobre a inflação “a par das perspetivas de um ritmo sólido e continuado da atividade económica deu suporte à visão de que a inflação […] provavelmente iria subir em 2018″.

As minutas mostram que tanto os membros votantes como um conjunto de responsáveis subiram as suas previsões para o outlook económico até dezembro deste ano.

“Quase todos os participantes continuam a antecipar que a inflação irá subir até ao objetivo de 2% no médio prazo já que o crescimento económico permaneceu acima da tendência e o mercado do trabalho permaneceu forte”, acrescentam ainda as minutas. Nas minutas anteriores, foram poucos os responsáveis que mostraram tanta confiança.

Outra das diferenças no discurso do banco central norte-americano incide sobre a mudança da sua política. “A maioria dos participantes fez notar que o forte outlook para o crescimento económico elevou a probabilidade de que um reforço adicional da política seria apropriado“. Face às minutas da reunião anterior sobressai a utilização da expressão “adicional” que aponta no sentido de subida das taxas de juro.

As atuais previsões da Fed apontam para três subidas de juros este ano, perante a aceleração da inflação este número de incrementos poderá ser reforçado. Há muitos especialistas que esperam que este ano possam haver quatro subidas dos juros na maior economia do mundo.