Teixeira Duarte desconhece interesse chinês pelo Lagoas Park

A Teixeira Duarte diz que a China Recycling Energy Corporation não faz parte da sua lista de potenciais compradores do Lagoas Park e desconhece o interesse dos chineses pelo seu centro de escritórios em Oeiras.

O ECO avançou esta semana aquele grupo chinês que está bem posicionado na corrida pelo Lagoas Park, colocado à venda pela construtora nacional no último ano, num negócio avaliado em mais de 300 milhões de euros. O processo conheceu avanços significativos no último ano depois da criação de uma sociedade-veículo (a Lagoas Park SA) para onde foi transferido o parque, tendo a Teixeira Duarte mandatado banco BCP, a consultora imobiliária Cushman & Wakefield e ainda a Storm Harbour para liderar a operação. Já nessa altura, a construtora nacional tinha feito uma pré-seleção de potenciais compradores cujas manifestações de interesse se aproximavam da avaliação do ativo Lagoas Park.

Agora, em resposta às questões colocadas pelo ECO por causa do interesse da China Recycling Energy Corporation, a empresa portuguesa diz apenas que o “grupo chinês não está nas entidades selecionadas pela Teixeira Duarte”. “Não os conhecemos, nem conhecemos se estão interessados”, disse o representante para as relações com o mercado da construtora, José Cobra Ferreira.

Cobra Ferreira lembrou que a alienação do Lagoas Park passa “por um processo muito seletivo de entidades consideradas investidores com o potencial adequado para este efeito”. E “nesse conjunto não está, nem nunca esteve incluída a China Recycling Energy Corporation”, assegurou o responsável.

A alienação passa (…) por um processo muito seletivo de entidades consideradas investidores com o potencial adequado para este efeito, sendo que nesse conjunto não está, nem nunca esteve incluída a China Recycling Energy Corporation.

José Cobra Ferreira adiantou as razões pelas quais a Teixeira Duarte é tão sensível à identidade do futuro comprador: “É um projeto que é muito caro à empresa em todos os sentidos. Para lá disso, a empresa prevê ficar com uma participação e, portanto, prevê que tem de ficar com uma ligação muito forte com a outra parte”.

O Lagoas Park ganhou maior projeção nas últimas semanas, depois de se saber que a Google escolheu aquele centro de escritórios para localizar a sua unidade de serviços partilhados de apoio aos seus negócios na Europa, Médio Oriente e África. Hoje em dia, cerca de 100 empresas estão já instaladas no Lagoas Park, incluindo a BMW Portugal, a BP Portugal, Cisco, Dell, Intel, Phillips, Samsung, Pfizer Portugal, entre outras multinacionais.

O parque integra ainda vários serviços de apoio como um hotel, um centro de congressos, restaurantes, um ginásio, um colégio, entre outros, ocupando um espaço de cerca de 30 hectares em Oeiras, às portas de Lisboa.