Deutsche Bank supreende com lucros
Mercado estava à espera de prejuízos, mas o problemático banco alemão surpreendeu tudo e todos com lucros acima dos 250 milhões de euros no terceiro trimestre.
Inesperado. O Deutsche Bank regressou aos lucros no terceiro trimestre do ano, reportando um resultado líquido de 256 milhões de euros, quando a expectativa dos analistas apontavam para prejuízos de cerca de 400 milhões de euros. Este resultado compara ainda com o prejuízo multimilionário de mais de seis mil milhões de euros registados no mesmo período de 2015.
“Continuamos a fazer progressos positivos”, declarava o presidente do banco que entrou no radar dos investidores nas últimas semanas pelos piores motivos. A multa de 12,5 mil milhões de euros que o Departamento de Justiça norte-americano pôs a nu algumas das fragilidades e necessidades de capital do maior banco alemão.
“Contudo, nas últimas semanas, estes desenvolvimentos positivos foram ofuscados pela atenção em torno das negociações nos EUA. Isto tem um efeito inquietante. O banco está a trabalhar de forma árdua para resolver esta questão o mais breve possível”, assegurou John Cryan.
"Nas últimas semanas, os desenvolvimentos positivos foram ofuscados pela atenção em torno das negociações nos EUA. Isto tem um efeito inquietante. O banco está a trabalhar de forma árdua para resolver esta questão o mais breve possível.”
A dar força aos resultados do Deutsche Bank esteve o aumento das receitas em 2,2% até aos 7,5 mil milhões de euros, com as receitas provenientes da operação de trading a dispararem 10%. De resto, em relação à negociação de dívida e cambio, as receitas subiram 14% para os 2,07 mil milhões de euros, acima dos 1,68 mil milhões esperados pelos analistas sondados pela Bloomberg.
“Estes resultados deverão aliviar algumas preocupações em relação à solidez do negócio de rendimento fixo do Deutsche Bank e deverão dar à gestão mais alguma margem de manobra”, referiu Arjun Bowry, analista da Bloomberg Intelligence.
O banco anunciou ainda que os custos, excluindo encargos com litígios e reestruturação, desceram dos 6,21 mil milhões até aos 5,85 mil milhões de euros. Quanto aos custos com questões legais, o banco diz que enfrentou um encargo de cerca de 500 milhões de euros com esta rubrica, abaixo dos 1,12 mil milhões assumidos no mesmo período do ano passado.
As ações do banco valorizavam 0,41% para 13,35%. Embora o último mês tenha apresentado uma recuperação, a verdade é que no acumulado do ano já desvaloriza 40%.
Ações do Deutsche Bank recuperam no último mês
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