OMC alerta para escalada de retaliações com as taxas dos EUA sobre aço e alumínio

  • Lusa
  • 13 Março 2018

“Sabemos quando e como começa, mas não sabemos quando vai terminar”, afirmou aos jornalistas Roberto Azevêdo, depois de um encontro com o Presidente do Brasil, Michel Temer.

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) alertou na segunda-feira para o risco de uma escalada de retaliações após a decisão dos Estados Unidos da América de impor taxas aduaneiras sobre o aço e o alumínio.

“Sabemos quando e como começa, mas não sabemos quando vai terminar”, afirmou aos jornalistas Roberto Azevêdo, após um encontro com o Presidente do Brasil, Michel Temer, salientando que em matéria comercial é depois difícil reverter.

Roberto Azevêdo, de nacionalidade brasileira, adiantou que o Brasil está em contacto com outros países suscetíveis de serem afetados pela decisão do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, no sentido de estudar soluções mais adequadas.

Citado pela France Press, o diretor-geral da OMC declarou que, neste momento, não espera que o Brasil leve o assunto à OMC para contestar a decisão norte-americana, o que também nenhum outro país fez, defendendo a aposta no diálogo.

“O princípio de ação e reação conduz, por vezes, a guerras comerciais nas quais ninguém tem interesse e no final das quais só há perdedores e não vencedores”, acrescentou o responsável da OMC.

Os EUA vão começar a aplicar taxas aduaneiras de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio, com o Canadá e o México excluídos destes pagamentos, anunciou na quinta-feira a Casa Branca.

No domingo, o Governo brasileiro anunciou que o país vai pedir aos Estados Unidos para ser um dos países da lista das exceções ao pagamento de taxas aduaneiras às importações de aço e alumínio.

O pedido oficial do Brasil será enviado a dois departamentos do Governo norte-americano nas próximas duas semanas, cumprindo o prazo estipulado pelos EUA, avançou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço ao mercado norte-americano, depois do Canadá.

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