Novo sistema de controlo de tráfego aéreo começa a funcionar em 2019
O processo de implementação levará dois anos a ficar concluído. Mas o novo sistema começará por ser implementado em simultâneo com o que está atualmente em funcionamento, e já em 2019.
A NAV Portugal assinou, esta quarta-feira, o acordo de adesão à Aliança Coopans, que lhe dará acesso ao novo sistema de gestão do espaço aéreo, o chamado TopSky, e, desta forma, responder ao aumento exponencial do tráfego em Lisboa. Quando for iniciada, a implementação ainda deverá demorar cerca de dois anos até estar concluída, mas o novo sistema começará por ser implementado em simultâneo com o atual sistema, o que deverá acontecer até ao final de 2019, antecipa Jorge Ponce Leão, presidente da NAV Portugal. E o responsável admite também que, mesmo sem o novo sistema, possa estar para breve o aumento da capacidade no Aeroporto Humberto Delgado para 46 movimentos por hora, graças a um acordo com a Força Aérea.
“Não se trata apenas de uma alteração de sistemas. Os sistemas que temos ainda seriam capazes de absorver algum crescimento”, disse Jorge Ponce Leão, à margem da assinatura do acordo, que decorreu esta manhã, na sede da NAV. O problema é que há “restrições de outra natureza, nomeadamente ao nível do desenho dos procedimentos de aproximação aos aeroportos de Lisboa e das restrições que a operação militar impõe, que têm de ser alteradas”.
A assinatura deste acordo, acrescenta, é um passo “importantíssimo em termos estruturais”. Mas, a curto prazo, “ainda é mais importante o redesenho do espaço aéreo de Lisboa e a oportunidade de celebrarmos um acordo com a Força Aérea, introduzindo restrições mais flexíveis no sentido de garantir um crescimento do número de movimentos disponíveis ainda antes de o Aeroporto do Montijo estar disponível e de o novo sistema TopSky estar operacional”.
Seja como for, em finais de 2019, o novo sistema estará a “entrar em operação em simultâneo” com o atual.
Quanto ao ganho de espaço na Portela, Ponce Leão diz que não conhece as negociações que estão a ser levadas a cabo pela ANA — Aeroportos de Portugal, gestora dos aeroportos nacionais, mas acredita que poderá estar para breve um acordo com a Força Aérea. “Estamos a trabalhar muito bem com a Força Aérea. Iremos procurar acelerar esse processo, até porque há um conjunto de rotas estratégicas para o país e gostaríamos de criar condições para que elas possam operar, através de uma disciplina integrada da gestão do espaço aéreo”.
A ser celebrado, esse acordo com a Força Aérea permitiria aumentar a capacidade do aeroporto de Lisboa para um máximo de 46 movimentos por hora, mesmo sem Montijo e a curto prazo. Atualmente, a Portela regista, em média, 38 movimentos por hora, com uma capacidade máxima de 40 movimentos.
O objetivo final, já a contar com o aeroporto do Montijo, é atingir os 70 a 72 movimentos por hora.
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