Retalho da Sonae na bolsa? “Há interesse dos investidores”, diz Paulo Azevedo
Paulo Azevedo diz que está ainda a estudar a possibilidade colocar a unidade de retalho em bolsa. Mas reconhece que há interesse dos investidores que só querem estar expostos a este negócio.
A Sonae admitiu colocar o negócio do retalho em bolsa. Paulo Azevedo diz que essa é uma possibilidade, mas ainda não há nada em concreto. A holding vai contratar bancos de investimento para estudarem a operação, sendo que há apetite. “Há interesse por parte dos investidores” em estarem expostos só ao negócio do retalho, refere o co-CEO.
“Como parte da estratégia da Sonae SGPS de proporcionar maior autonomia e foco às empresas do seu portefólio, o Conselho de Administração está atualmente a analisar a possibilidade de listar um portefólio de retalho, no qual a Sonae SGPS irá manter a participação maioritária”, referiu a empresa na apresentação dos seus resultados.
É uma intenção. “Se tivéssemos alguma decisão tomada nesse sentido… O que está em causa é estudar as oportunidades. Vamos agora começar a estudar, vamos contratar bancos para o efeito“, referiu Paulo Azevedo durante a conferência de imprensa de resultados. “O que sabemos é que há interesse por parte dos investidores que querem estar expostos diretamente ao retalho”.
“O que o mercado, em geral, nos tem dito é que estaria interessado [em investir numa empresa de retalho] se houvesse uma oportunidade”, acrescentou o co-CEO da Sonae, empresa que em tempos teve em bolsa a Modelo Continente. O negócio do retalho alimentar foi depois retirado do mercado, saindo de bolsa em 2006.
"O que sabemos é que há interesse por parte dos investidores que querem estar expostos diretamente ao retalho.”
A estratégia da Sonae de colocar o retalho em bolsa permitirá dar “a autonomia necessária a cada negócio no sentido de os tornar mais ágeis e criando assim mais valor para os acionistas”. A empresa quer “dar mais autonomia às equipas de gestão, que também estamos em condições de o fazer porque temos essas equipas”, referiu Ângelo Paupério na conferência de imprensa realizada na sede da empresa, na Maia.
Mas, tal como já tinha sido salientado no comunicado enviado à CMVM, a ideia da holding será sempre a de manter uma participação maioritária nessa nova cotada. Paupério, co-CEO da Sonae, salienta, na apresentação das contas de 2017, isso mesmo: “não pretendemos perder o controlo da empresa”.
Antes da abertura do mercado, a Sonae revelou que obteve lucros de 166 milhões de euros, uma valor que representa uma descida de 22,9% face a 2016, explicada pela mais-valia de 53 milhões de euros registada o ano passado fruto de operações de sale and lease back. Ao mesmo tempo, anunciou um aumento do dividendo para 4,2 cêntimos por ação.
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