Fileira florestal representa 1,2% do PIB e 10% das exportações de bens do país
A fileira da floresta tem um impacto grande no emprego, com 70 mil postos de trabalho diretos. Ferreira do Amatral sublinha elevado valor acrescentado.
O presidente do Cluster da Indústria de Base Florestal disse esta sexta-feira que a fileira da floresta representa 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e 10% das exportações de bens da economia nacional.
“A fileira florestal, do ponto de vista económico, é um dos setores mais importantes do país. Representa 1,2% do PIB e 10% das exportações de bens da nossa economia. Além disso, tem um altíssimo valor acrescentado. Por cada euro que exportamos, geramos mais de 70% de valor acrescentado nacional”, afirmou João Ferreira do Amaral, em Castelo Branco, num seminário sobre “Floresta – Prevenção, a Segurança de Todos e de cada um”, promovido pelo município local.
"Por cada euro que exportamos, geramos mais de 70% de valor acrescentado nacional.”
Apesar da importância económica, social e ambiental da fileira, João Ferreira do Amaral disse que as pessoas continuam a olhar para a floresta como sendo um “foco de incêndios”. “Ao nível do valor social, tem um impacto muito grande no emprego, com 70 mil postos de trabalho diretos. Mais importante ainda é ser dos poucos setores que tem a ver com a atividade no interior do país. É um setor que irá sempre beneficiar o interior”, frisou.
João Ferreira do Amaral sublinhou ainda que a floresta em Portugal não tem um “passado muito inspirador”, sobretudo, devido às décadas de desleixo. “Coisas básicas que se esperava que o Estado assegurasse e que foram desleixadas durante décadas, como é o caso do cadastro. Mas, depois da tragédia de 2017, houve de facto uma mudança. Nota-se uma certa mobilização em relação às questões da floresta”, frisou.
"Coisas básicas que se esperava que o Estado assegurasse e que foram desleixadas durante décadas, como é o caso do cadastro. Mas, depois da tragédia de 2017, houve de facto uma mudança. Nota-se uma certa mobilização.”
Contudo, realçou que é necessário romper com alguns ciclos viciosos que afetam a floresta, como a falta de investimento e o ordenamento do território. “O caminho existe. O importante é que todos os anos se vá melhorando. É altura de encarar seriamente as atividades da fileira florestal como uma atividade fundamental para o país”, concluiu.
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