Milhares nas ruas contra detenção de Carles Puigdemont. Será presente a um juiz na segunda-feira
Milhares de pessoas saíram às ruas em Barcelona numa manifestação contra a detenção do líder independentista Carles Puigdemont. Puigdemont vai ser presente a um juiz na segunda-feira.
Milhares de pessoas saíram à rua este domingo em Barcelona, numa manifestação de solidariedade para com o líder do movimento independentista Carles Puigdemont, que foi detido na Alemanha quando regressava à Bélgica, onde se encontrava exilado. Imagens transmitidas pela RTP mostravam uma multidão nas ruas com bandeiras independentistas e cartazes com indicações como “presos políticos”, entre outras.
O ex-líder da Generalitat da Catalunha, exilado na Bélgica desde que proclamou e suspendeu a independência naquela região de Espanha, foi detido este domingo quando entrava na Alemanha. Regressava da Finlândia e foi intercetado pouco depois de cruzar a fronteira alemã com a Dinamarca. Puigdemont seguia de carro, na Autoestrada 7, segundo reportou a RTP. Agora, estará retido num estabelecimento prisional alemão.
Puigdemont vai ser presente na segunda-feira a um juiz para confirmação da identificação, anunciaram as autoridades alemãs. “O objetivo será apenas o de verificar a identidade da pessoa detida. O Tribunal Regional de Schleswig-Holstein, em Schleswig, terá depois de decidir se o Sr. Puigdemont deve ser detido para ser entregue a Espanha”, refere um promotor público alemão, em comunicado, citado pela agência de notícias francesa AFP.
A detenção surge na sequência de um mandato de detenção europeu e internacional emitido pelo Supremo Tribunal Espanhol na última sexta-feira, dia em que foram detidos cinco dirigentes independentistas catalães. No entanto, segundo a RTP, a detenção de Puigdemont terá resultado de uma operação articulada entre Espanha e Alemanha, e não de um acontecimento do acaso.
No local, para deter Carles Puigdemont, estariam “10 a 12 elementos” dos serviços secretos espanhóis e alemães, que estariam a seguir o ex-presidente catalão desde que deixara a Bélgica. Este domingo, o advogado do político, Jaume Alonso-Cuevillas, garantiu que “o tratamento” dado a Puigdemont “foi o correto em todos os momentos”. Agora, em cima da mesa estará a hipótese de Puigdemont vir a ser extraditado para Espanha, para ser presente a um juiz.
Na sexta-feira, a Justiça espanhola acusou 13 políticos antigos dirigentes catalães. Em causa, acusações de rebelião, crime que, segundo a RTP, é punido com até 30 anos de prisão. Destes, nove também são acusados de peculato e, entre eles, está Carles Puigdemont.
(Notícia atualizada às 17h39 com mais informações)
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