Spotify dispara 25% na estreia em Wall Street

O Spotify protagonizou esta terça-feira uma entrada direta na bolsa de Nova Iorque. É uma rara operação que não implica a emissão de novas ações, levando muitos investidores a comprar as que foram colocadas no mercado. O preço de entrada era de 132 dólares, mas arrancou, já a meio da sessão, a 165,90 dólares. Disparou mais de 25%.

Foram os atuais acionistas a venderem títulos já existentes nesta operação. Isso significa que, apesar de a operação ter sido assessorada pelo Goldman Sachs e Morgan Stanley, não houve intermediação de investidores institucionais. Normalmente, estes compram novas ações e ficam com a tarefa de as vender no mercado.

O Spotify é uma conhecida plataforma de streaming de música, que concorre diretamente com o Apple Music da fabricante do iPhone. Esta entrada em bolsa acontece num dia de negociações que está a ser positivo para Wall Street. O tecnológico Nasdaq valoriza 0,21%, enquanto o S&P 500 soma 0,38%. Vários minutos depois do arranque das negociações para a empresa, os títulos começaram a corrigir, a caminho dos 160 dólares.

A entrada em bolsa do Spotify terá sido acompanhada atentamente por outros “unicórnios” de Silicon Valley, como a Uber e a Lyft, cujas entradas em bolsa são amplamente aguardadas pelos investidores. Se este modelo de entrada direta for considerado um sucesso, isso poderá abrir a porta a mais operações deste género, que são menos dispendiosas e não diluem as participações acionistas existentes.

O Spotify fechou o ano de 2017 com 71 milhões de subscritores pagos e 157 milhões de utilizadores ativos — há uma modalidade freemium, em que não se paga o serviço mas a plataforma reproduz anúncios publicitários em áudio e vídeo. A plataforma tem mais de 35 milhões de músicas e dois mil milhões de playlists. O serviço está disponível em 65 mercados em todo o mundo, incluindo Portugal.

(Notícia atualizada às 18h18 com mais informações)