BCP regista maior ciclo de perdas desde junho
Seis quedas em seis sessões. Desde que fundiu ações que o BCP não prova ganhos. Já vale menos de mil milhões de euros.
Desde que procedeu ao agrupamento de ações no início da semana passada que o BCP não sabe o que é valorizar em bolsa. Os títulos cedem esta segunda-feira pela sexta sessão seguida e regista já o mais longo ciclo de perdas desde meados de junho, há quatro meses.
O BCP recuava esta manhã quase 5% até aos 1,1911 euros. Esta cotação representa uma queda de 11,3% face ao valor de 1,3425 euros do “novo” título que resultou da fusão de 75 ações numa só para terminar com a extrema volatilidade em bolsa e corresponder a uma das imposições do grupo chinês Fosun para entrar no capital do banco português.
Com este desempenho negativo, o BCP acumulava uma perda de 67% desde o início do ano, colocando o banco liderado por Nuno Amado a valer menos de mil milhões de euros — a capitalização bolsista era de 940,7 milhões de euros.
Os analistas já esperavam alguma volatilidade do título depois do agrupamento de ações. Além disso, o início do próximo mês vai trazer notícias importantes para o futuro do banco. Nuno Amado apresenta contas trimestrais a 8 de novembro. No dia seguinte, a assembleia geral de acionistas decidem se querem aumentar o limite de votos de 20% para 30% e se querem alargar o número de membros do conselho de administração.
Estas duas propostas visam também ir ao encontro do que o grupo chinês pediu para assumir cerca de 17% do capital do banco.
Na semana passada, o BCP anunciou que a sua operação polaca registou um aumento de lucros. O Bank Millennium, banco polaco detido em 50,1% pelo BCP, registou um lucro de 130,3 milhões de euros (569,8 milhões de zlotys), um aumento de 15,5% face ao mesmo período do ano passado.
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