Rui Rio: “Défice de 0,7% é um pequeno progresso”

Rio concorda com Marcelo sobre a necessidade de evitar uma crise política, mas descarta responsabilidade na aprovação do OE. Diz que a coligação à esquerda é que tem que garantir estabilidade.

Rui Rio destaca a importância da descida do défice. O líder do PSD reconhece que “a descida do défice de 0,9% alcançado em 2017 para 0,7% é um pequeno progresso”, mas faz questão de frisar que “o Programa de Estabilidade não é só o défice”. O documento só vai ser apresentado na próxima sexta-feira pelo que “só depois o poderemos comentar”.

Rio frisa que “é importante que o défice se vá reduzindo enquanto temos crescimento económico”. É isso, diz o líder da oposição, “que permite termos défices quando o crescimento económico aperta”. Serve para que as “crises económicas sejam menos sentidas”, afirmou em declarações aos jornalistas à margem do congresso da CIP que decorre em Santa Maria da Feira.

Esta pretensão do Governo de aproximar o défice de quase zero tem causado algum desconforto junto do Bloco de Esquerda. A esse propósito, Rui Rio adianta: “a tensão entre o BE e o PS, e eventualmente até o PCP, é algo que eu pessoalmente já estava à espera há muito tempo”.

Para Rio esta tensão será tanto mais crescente “na medida em que nos aproximemos das eleições e eles tenham mais dificuldade em conseguir essa estabilidade”. Ainda assim, Rio diz que ” uma crise política não é algo que agrade a Portugal e portanto não pode agradar ao líder da oposição”.

E em resposta a Marcelo Rebelo de Sousa que esta manhã deixou o alerta de que uma crise política envolvendo o Orçamento não é desejável, Rio é taxativo e descarta qualquer responsabilidade para o PSD.

“Estou convencido que as declarações do Presidente da República são sobretudo para a coligação parlamentar à esquerda. Ele é que têm que garantir essa estabilidade e essa não crise política“, garante. E deixou um aviso: “o PSD não faz parte desta solução de Governo”.

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