Ramalho: “Novo Banco vai fechar 35 balcões este mês, 70 até ao final do ano”
O plano de reestruturação do Novo Banco vai levar ao encerramento de cerca de 70 balcões até ao final do ano, afirma o presidente da instituição. Está prevista a saída de mais 440 trabalhadores.
O Novo Banco vai encerrar 35 balcões só este mês. No total do ano, este número vai aumentar para 70, afirmou o presidente da instituição financeira no programa Negócios da Semana da Sic Notícias, esclarecendo que é necessário ajustar a rede de agências à nova realidade da digitalização e não ter apenas em conta a rentabilidade das agências. Além dos encerramentos, haverá também uma diminuição do número de colaboradores. Só este ano deverão sair ainda cerca de 440 funcionários.
“Vamos fechar 35 balcões este mês e fecharemos 70 no total do ano”, referiu o presidente do Novo Banco, António Ramalho. “O fecho de agências tem sido sempre numa lógica de menor rentabilidade. Mas agora estamos a seguir um modelo com características diferentes”, nomeadamente com a digitalização da banca, explica o gestor. “Este ajustamento levará a um número ideal de balcões que deverá ser de 400 ou um pouco menos”, afirma Ramalho. Atualmente, o Novo Banco tem 473 agências.
"Vamos fechar 35 balcões este mês e fecharemos 70 balcões no total do ano.”
O plano de reestruturação do Novo Banco inclui também a redução do número de funcionários, um processo que deverá continuar não só este ano, mas também nos próximos. “O objetivo até ao final do ano é que saiam mais 440 trabalhadores”, referiu o presidente da instituição financeira. “Neste momento temos 5.445 funcionários, menos 43 do que tínhamos no final do ano passado” e o “nosso objetivo é atingir os 5.000 trabalhadores”.
Nos anos seguintes, a entidade conta com a saída “natural” de mais 100 pessoas, seja através de rescisões como de reformas antecipadas. “A nossa avaliação diz-nos que podemos trabalhar a velocidade de cruzeiro com 4.800 ou 4.900 colaboradores”, diz Ramalho.
O Novo Banco fechou 2017 com os maiores prejuízos da sua breve história, contabilizando perdas de 1,4 mil milhões de euros. São já 13 trimestres — dos 14 que tem de vida — de resultados negativos para a instituição liderada por António Ramalho. Um desempenho que se justifica pelas elevadas imparidades que têm sido registadas num processo de limpeza de balanço. Essas imparidades atingiram o valor de 2.057 milhões de euros.
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