Netflix já ganha mais no resto do mundo do que nos EUA

Os primeiros meses de 2018 foram sorridentes para a Netflix. Até março e pela primeira vez, as receitas internacionais desta empresa superaram aquelas conseguidas nos Estados Unidos, o que se fica a dever ao aumento significativo de subscritores estrangeiros e à subida do preço da subscrição. Dos 7.41 milhões de novos clientes, 5,46 milhões não são norte-americanos, avança o The Wall Street Journal. A gigante do streaming ultrapassou assim as suas próprias estimativas e as expectativas dos seus investidores

No primeiro trimestre do ano, o lucro líquido da gigante cresceu 63%, atingindo os 290 milhões de dólares (pouco menos de 234,6 milhões de euros). Neste mesmo período, as receitas da gigante aumentaram 40% para 3,7 mil milhões de dólares (quase três mil milhões de euros), consagrando-se este, em termos homólogos, o trimestre com o crescimento mais rápido da história deste serviço.

Além da expansão na base de clientes, esta evolução ficou a dever-se ao aumento dos preços por subscrição, que subiram, em média, 14%. Desde o segundo trimestre de 2017 que a Netflix tem mais subscritores internacionais do que norte-americanos, mas a liderança do mercado internacional no que diz respeito às receitas ainda não tinha sido conseguida uma vez que os clientes em países desenvolvidos pagam, geralmente, valores superiores.

De acordo com o líder executivo da Netflix, citado pelo Financial Times (acesso pago), o futuro da companhia passará agora pelo investimento de dez mil milhões de dólares (pouco mais de oito mil milhões de euros) em conteúdos e em marketing e de 1,3 mil milhões de dólares (1,05 mil milhões de euros) no desenvolvimento tecnológico da plataforma. “Claro que queremos ser bons em ambos [os pontos], mas somos muito diferentes de uma empresa puramente tecnológica”, refere Reid Hastings.

No próximo trimestre, a Netflix espera conseguir 1,94 milhões de dólares (quase 1,6 mil milhões de euros) em receitas nos mercados internacionais e 1,9 mil milhões de dólares (1,53 mil milhões de euros) só nos Estados Unidos.

Neste sentido, destaca-se ainda que esta empresa é responsável pela produção de conteúdos originais em 17 mercados diferentes e tem a expectativa de que o número de produções aumente, nos próximos meses.