Portugal financia-se em 1.250 milhões de euros. Taxa a três meses é a mais negativa de sempre
Na primeira operação de financiamento de curto prazo deste trimestre, o IGCP conseguiu o montante máximo que pretendia. Obteve juros negativos em ambos os prazos.
Portugal voltou ao mercado, desta vez para colocar dívida de curto prazo. Conseguiu os 1.250 milhões de euros que pretendia, com a maior parte a ser colocada no prazo mais longo (950 milhões), isto num duplo leilão de bilhetes do Tesouro em que o IGCP registou novamente juros abaixo de zero. A taxa a três meses foi a mais baixa de sempre.
A entidade liderada por Cristina Casalinho pretendia colocar 1.250 milhões de euros a três e 11 meses. Conseguiu o montante total, a juros mínimos. A taxa a três meses foi de -0,43%, abaixo dos -0,417% registados na última emissão realizada a 21 de fevereiro, enquanto no prazo a 11 meses o IGCP conseguiu um juro de 0,389%. Na anterior emissão a taxa tinha sido de -0,393%.
“As emissões correram bem e desde as últimas operações não houve mudanças nas condições. Até as taxas se mantiveram muito próximas das dos leilões anteriores“, diz Filipe Silva. “Portugal continua a emitir dívida com taxas muito próximas das mais baixas de sempre, com a procura a manter-se elevada e sem qualquer dificuldade em recolher do mercado os montantes pretendidos”, nota o diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa.
Esta operação é a primeira do género neste segundo trimestre, período durante o qual a entidade liderada por Cristina Casalinho pretende emitir um montante máximo de 4.250 milhões de euros através de dívida de curto prazo. Depois deste leilão, ficam a faltar 3.000 milhões a obter até ao final de junho.
A primeira operação de financiamento do trimestre aconteceu na semana passada, com o Tesouro a colocar três mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a 15 anos, através de uma operação sindicada que contou com a participação de seis bancos. Essa emissão foi alvo de uma forte procura, com ordens de 16 mil milhões de euros.
Portugal pagou uma taxa de juro de 2,325%, no prazo a 15 anos, isto num contexto de queda dos juros nos mercados internacionais. Os juros da dívida nacional dez anos estão a tocar mínimos. A taxa caiu até aos 1,595%, um mínimo desde 1 de abril de 2015. No prazo a cinco anos, os juros das obrigações do Tesouro recuam para 0,540%.
(Notícia atualizada às 10h49 com o comentário do Banco Carregosa)
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