Fusões e aquisições fazem disparar emissões de dívida
A vaga de fusões e aquisições está a fazer disparar as emissões de dívida por parte das empresas. Este ano poderá ser atingido um recorde.
Outubro foi um dos meses mais ativos de sempre no que respeita a operações de fusões e aquisições. Foram anunciadas operações de consolidação multimilionárias, muitas delas pagas com recurso ao financiamento através do mercado de capitais, nomeadamente da emissão de obrigações. Uma tendência que vai fazer com que este ano seja atingido um recorde na emissão de dívida por parte das empresas.
A General Eletric liderou um grupo de empresas envolvidas em grandes negócios. Além da compra da Baker Hughes, a CenturyLink disse que planeia comprar a Level 3 Communications. Antes disso, a British American Tobacco lançou uma oferta sobre a Reynolds American, mas as atenções dos investidores viraram-se para a proposta de compra da AT&T sobre a Time Warner. Ao todo, os negócios anunciados estão avaliados em mais de 500 mil milhões de dólares.
Parte destes negócios são feitos com dinheiro, mas também com dívida, o que pode colocar 2016 como o melhor ano de sempre nas emissões de dívida por parte das empresas, de acordo com o Financial Times (conteúdo em inglês/acesso pago).
O total de emissões de dívida em preparação ascendia a 900 mil milhões de dólares no final de 2015, mas tinha caído para 246 mil milhões em setembro. Contudo, com os negócios anunciados recentemente, o valor disparou para 460 mil milhões.
O FT nota que as empresas e os bancos já fizeram emissões de dívida no valor de 1,4 biliões de dólares este ano, só nos EUA. “As emissões de dívida a nível global estão 9% acima do registado no ano passado, em 5,8 biliões de dólares, e os banqueiros dizem que pode ser atingido um recorde antes do final deste ano“, refere a publicação britânica.
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