Estado Islâmico reivindica atentado em Cabul que já fez 31 mortos
O auto-proclamado Estado Islâmico reivindicou a autoria de um atentado suicida que fez pelo menos 31 mortos em Cabul, no Afeganistão. Opõem à realização de eleições democráticas.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado suicida deste domingo contra um centro de recenseamento eleitoral em Cabul, do qual resultaram pelo menos 31 mortos e 54 feridos. Num comunicado divulgado pela agência de notícias Aamaq do EI, o grupo reivindica o atentado contra “os apóstatas” xiitas.
Fontes oficiais afegãs afirmaram que um terrorista suicida se fez explodir no meio de uma multidão perto de um centro de recenseamento eleitoral em Cabul. Tanto o EI como os talibãs se opõem à realização de eleições democráticas. O Afeganistão terá eleições parlamentares a 20 de outubro.
O atentado ocorreu na zona oeste da capital do Afeganistão, no bairro maioritariamente xiita de Dasht-e-Barchi.
O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, já antes indicara que “os Mujahidines não têm nada a ver com o ataque de hoje”, responsabilizando implicitamente um afiliado local do grupo extremista Estado Islâmico.
Este foi o primeiro ataque em Cabul contra um centro de recenseamento eleitoral para as legislativas de outubro desde o início do processo de recenseamento, a 14 de abril. A explosão foi sentida em toda a cidade, partiu janelas a quilómetros de distância do local do ataque e danificou vários veículos nas redondezas, conta a agência Associated Press.
Nas imagens transmitidas pela televisão nacional, a Ariana TV, a partir do local, uma multidão gritava “morte ao governo” e “morte aos talibãs”. As televisões mostram centenas de pessoas concentradas nos hospitais locais a tentar obter informações sobre os seus familiares.
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