Dia de ganhos em Wall Street. McDonald’s puxa pela bolsa

Ainda que atenta à decisão de Donald Trump quanto à aplicação de novas tarifas aduaneiras e à reunião da Reserva Federal marcada para o primeiro dia de maio, a praça nova-iorquina está esta segunda-feira pintada de verde. Na primeira sessão da semana, uma série de fusões e a divulgação de bons resultados por parte de algumas cotadas, como a McDonald’s, está a puxar Wall Street para terreno positivo.

Na abertura desta sessão, o índice de referência, o S&P 500, está a subir 0,25% para 2.676,67 pontos. A mesma tendência está a ser seguida pelo Dow Jones e pelo Nasdaq. O industrial está a valorizar 0,52% para 24.437,72 pontos e o tecnológico a subir 0,22% para 7.135,81 pontos.

Os índices norte-americanos estão assim no caminho para fechar o mês no verde. “A principal ameaça aos mercados continua a ser as taxas de juro crescentes”, explica Peter Kenney, estrategista na Global Markets Advisory Group, citado pela Reuters.

Por isso, esta terça e quarta-feira, todos os olhos estarão na reunião da Reserva Federal. Embora não se preveja um aumento das taxas de juro, os investidores estarão atentos. Além disso, estudarão todos os sinais sobre a evolução da inflação, que saírem dessa discussão sobre a política monetária norte-americana.

Por outro lado, a justificar os ganhos registados esta segunda-feira estão os bons resultados divulgados por algumas cotadas, como a gigante da fast-food McDonald’s. Na abertura da sessão, os títulos da empresa estão a valorizar 4,14% para 164,86 dólares. Isto depois de o franchise multinacional ter divulgado fortes resultados trimestrais, que ficaram acima das expectativas dos analistas.

Também a fusão das refinarias Marathon Petrolum e Andeavor está a fazer mexer os mercados. A primeira comprou por 23 mil milhões de dólares (19,205 mil milhões de euros) a segunda. Em reação a esta notícia, as ações da Marathon Petrolum estão a desvalorizar 5,44% para 77 dólares enquanto que as da Andeavor estão a subir 13,79% para 139,42 dólares.

“Se as semanas anteriores são indicação, os resultados empresariais devem continuar a amortecer qualquer perda nos mercados”, nota o mesmo especialista.

Donald Trump tem até esta segunda-feira para decidir se mantém ou não a decisão de isentar a União Europeia e os seu parceiros do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio das tarifas aduaneiras sobre o aço e o ferro, que pretende aplicar à China. De acordo com o secretário do Tesouro, o Presidente norte-americano ainda não tomou uma decisão, mesmo depois de Macron e Merkel terem visitado a Casa Branca de modo a convencer o líder a proteger o bloco europeu.