Queda do desemprego revela “dinamismo positivo” do mercado, diz ministro

  • Lusa
  • 30 Abril 2018

Vieira da Silva considera revisão em baixa do desemprego, divulgada pela INE esta segunda-feira, uma evolução que revela "um dinamismo muito positivo do mercado".

O ministro do Trabalho considerou, esta segunda-feira, que a descida do desemprego em fevereiro e em março reflete o “dinamismo muito positivo” do mercado de trabalho, destacando que, além desta tendência, “o emprego continua a crescer mais”.

“O número de pessoas desempregadas baixou os 400 mil pela primeira vez em quase 14 anos, o que é um resultado muito importante, mas, mais do que a diminuição do número de desempregados, importa referir que aquilo que é mais importante, é que o emprego continua a crescer mais do que a diminuição do desemprego”, disse o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, em declarações à agência Lusa.

Reagindo aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu, esta segunda-feira, em baixa de 0,2 pontos percentuais a taxa de desemprego de fevereiro para 7,6%, o valor mais baixo desde abril de 2004, e estimou para março nova descida para 7,4%, Vieira da Silva vincou que “esta é uma evolução que, a todos os títulos, qualquer que seja a dimensão analisada, revela um dinamismo muito positivo do mercado de trabalho”.

“Esses dados mensais vêm reforçar uma tendência que se vem acentuando e, de facto, Portugal tem hoje uma taxa de desemprego que já se situa bem próxima da União Europeia e claramente abaixo da média da zona euro”, observou o governante, ressalvando que “isto é algo que acontece pela primeira vez desde há muito tempo”.

Até porque “não há muito tempo estávamos a baixar dos 10% de desemprego”, assinalou.

No que toca à criação de emprego, Vieira da Silva notou que “há muitas dezenas de milhares de portugueses que […] aumentaram a população no mercado de trabalho, que continua a ampliar-se, o que quer dizer que a economia está a criar novas possibilidades e novas oportunidades para jovens e pessoas adultas entrarem no mercado de trabalho”.

“Nós, tendo em atenção a previsão para o mês de março, atingiremos um valor superior a 300 mil postos de trabalho líquidos criados nesta legislatura”, realçou, falando ainda no “sinal extremamente positivo da continuação de uma tendência de […] crescimento económico rico em emprego”.

O valor definitivo do desemprego apurado para fevereiro divulgado hoje pelo INE representa uma descida em 0,3 pontos percentuais face ao mês anterior, menos 0,5 pontos percentuais em relação a três meses antes e menos 2,3 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2017.

A estimativa provisória da população desempregada de março foi de 381,2 mil pessoas, tendo diminuído 3,5% (13,9 mil) em relação ao mês anterior (fevereiro de 2018), 7,3% (30,2 mil) face a três meses antes (dezembro de 2017) e 24,0% (120,5 mil) face ao mês homólogo.

Já a estimativa provisória da população empregada de março foi de 4 791,8 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,2% (8,4 mil) face ao mês anterior (fevereiro de 2018), 0,4% (19,7 mil) em relação a três meses antes (dezembro de 2017) e 3,0% face ao mesmo mês de 2017, refere o INE.

A estimativa provisória da taxa de desemprego avançada pelo instituto para março deste ano (7,4%) compara com os 9,7% apurados um ano antes.

Segundo o INE, em março, a taxa de desemprego dos jovens situou-se em 21,3% e aumentou 0,1 pontos percentuais em relação ao mês precedente. Já a taxa de desemprego dos adultos foi de 6,3% e diminuiu 0,3 pontos percentuais em relação àquele mês

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