DBRS sobe rating do Novo Banco, mas continua em “lixo”
A agência de rating canadiana melhorou a sua visão sobre o banco português, justificando-o com o fortalecimento do capital do Novo Banco e a melhoria da posição de financiamento e liquidez.
A DBRS melhorou a classificação que atribui ao rating do Novo Banco. Apesar da melhoria, a dívida do banco continua ainda no nível “lixo”, mas com perspetiva ‘positiva’. A DBRS justifica a decisão com a evolução positiva em termos do balanço da instituição financeira liderada por António Ramalho.
Assim, esta quinta-feira, a DBRS efetuou o upgrade dos ratings de longo prazo para B de CCC (high), o que corresponde a uma subida de dois níveis.
“O upgrade do rating de longo prazo para B leva em consideração o fortalecimento do capital do Banco e a melhoria da posição de funding e liquidez. Também leva em consideração a melhoria no seu perfil de risco especialmente na aceleração da redução do crédito malparado (non-performing loans, NPLs) e o reforço dos níveis de cobertura destes ativos”, diz a nota assinada pela analista Maria Rivas. “A perspetiva dos ratings de longo prazo é agora ‘Positiva’ enquanto a perspetiva dos ratings de curto prazo é ‘Estável'”, acrescenta.
A melhoria das perspetivas para a dívida de longo prazo são suportadas ainda pela expectativa que a DBRS tem em relação ao papel que o novo proprietário do Novo Banco — a Lone Star — e o mecanismo de capital contingente através do qual o Fundo de Resolução pode ajudar com até 3,89 mil milhões de euros, possam ter em colocar o banco “numa melhor posição para acelerar a limpeza do balanço, reduzir os NPLs, melhorar a eficiência e força” da sua posição em Portugal.
Apesar da melhoria da classificação da dívida, a DBRS salienta que os ratings do Novo Banco “continuam a reconhecer os desafios que o banco enfrenta, particularmente em relação à qualidade e rentabilidade dos ativos. Explica que “estes incluem a qualidade muito fraca do ativos, com um rácio de NPL muito alto, que embora melhor, mantém-se consideravelmente mais fraco do que os bancos europeus”.
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