Um em cada quatro utilizadores menos ativos ou deixaram o Facebook

Desde que o Facebook foi afetado pelo escândalo de privacidade, um em cada quatro utilizadores norte-americanos passaram a usar menos ou abandonaram a rede social, revela uma sondagem da Reuters.

O alvo foram apenas os utilizadores dos EUA, mas é uma medida que permite avaliar o impacto que o escândalo da violação da privacidade de milhões de contas teve sobre o Facebook. De acordo com uma sondagem da Reuters, um em cada quatro utilizadores norte-americanos passaram a usar menos ou abandonaram a rede social, desde essa ocasião. Tal não terá resultado, contudo, num balanço líquido negativo sobre o Facebook. Maior uso dos restantes utilizadores compensou.

Estas são algumas das principais conclusões de uma sondagem online levada a cabo entre os dias 26 e 30 de abril, cujos resultados foram divulgados pela agência de notícias neste domingo.

A recordar que o Facebook tem enfrentado uma forte pressão por parte dos reguladores, advogados e acionistas desde que em março assumiu que a consultora política Cambridge Analytica tinha obtido de forma incorreta dados pessoais de utilizadores do Facebook através de uma aplicação de jogos ligada à rede social de Mark Zuckerberg.

Essa situação fez surgir muitas dúvidas sobre a segurança dos dados pessoais disponibilizados pelo Facebook pelos seus utilizadores. A rede social, entretanto, está a mudar a sua política de modo a garantir a segurança desses dados.

De acordo com a sondagem da Reuters, metade dos utilizadores norte-americanos disseram não ter mudado recentemente o grau de utilização da rede social, enquanto mais um quarto disse estar a utilizá-la ainda mais. Por outro lado, um quarto dos inquiridos integrava utilizadores que ou tinham passado a usar menos ou tinham mesmo abandonado a plataforma desde o escândalo.

Entre todos os adultos, 64% disse utilizar o Facebook pelo menos uma vez por dia, abaixo dos 68% que tinham dado uma resposta simular numa sondagem levada a cabo em março, logo após o rebentar do escândalo.

A sondagem concluiu ainda que mais utilizadores diziam saber como guardar a sua informação pessoal no site do Facebook do que em comparação com plataformas como o Snapchat ou o Instagram.

Entre os inquiridos, 74% disseram estar conscientes das suas definições de privacidade atuais, enquanto 78% afirmaram saber como mudá-las.

Apesar disso, apenas 23% dos utilizadores do Facebook disse ter “controlo total” sobre a informação que tinham guardada na plataforma. Outros 49% disseram ter “algum controlo”, enquanto 20% assumiu não ter “nenhum controlo”.

Esta sondagem teve respostas de 2.194 norte-americanos adultos, 1.938 dos quais utilizadores do Facebook.

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