Aquapor acusa Águas de Portugal de concorrência desleal
António Cunha diz que as negociações com os municípios deveriam ser feitos através de concursos públicos, e não de forma direta.
O presidente da Aquapor, empresa que presta serviços de abastecimento de água, saneamento e resíduos em 50 municípios, acusa a Águas de Portugal de concorrência desleal, ao ser privilegiada nas negociações com os municípios.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, António Cunha defende que o abastecimento de água aos municípios deveria ser feito por concurso público, e não “com critérios opacos” que na sua opinião acabam por beneficiar a Águas de Portugal. “A Águas de Portugal está a ser privilegiada porque está a negociar diretamente com os municípios tendo em vista criar agregações nas quais vão participar”, diz António Cunha, acrescentando que tal “é feito com critérios opacos e sem concorrência e sem participação da concorrência”.
António Cunha afirma ainda que, “há empresas no setor capazes de oferecer melhores condições, mas se for feito no âmbito de regras claras”, ou seja, o concurso público. O responsável apontou ainda que a Associação das Empresas Portuguesas para o Setor do Ambiente pondera fazer uma queixa a Bruxelas por violação das regras da concorrência.
O presidente da Aquapor sublinha que a “água é mais barata que a fatura de energia e até de telecomunicações”, mas poderia ser ainda mais barata se as perdas nas redes fossem reduzidas. “É evidente que se pode reduzir a fatura da água se se baixar essas perdas. E isso também é válido, numa parte importante, no caso em que as pessoas consomem água e não a pagam. Isso afeta a receita e torna as tarifas mais caras”, diz António Cunha.
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