PIB terá abrandado até março mas não compromete previsão de 2018

O INE revela esta terça-feira dados preliminares para a economia no primeiro trimestre. Os economistas antecipam uma desaceleração, mas sem comprometer número de 2018.

A economia portuguesa poderá ter abrandado no primeiro trimestre deste ano, depois de no ano passado ter conseguido crescer ao ritmo mais alto de 17 anos. Ainda assim, o desempenho da economia face ao trimestre anterior está ainda em linha com a previsão do Governo e do Banco de Portugal para o conjunto do ano: ambos esperam que o PIB cresça 2,3%.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga esta terça-feira a estimativa rápida para o comportamento da economia entre janeiro e março, uma espécie de antecipação de como o PIB esteve no primeiro trimestre, mesmo antes de fechar os dados todos de que precisa. A 30 de maio, o INE publica o número final.

Na reta final de 2017, o PIB cresceu 0,7% em relação ao trimestre anterior e 2,4% quando comparado com o período homólogo. Agora, os economistas esperam um abrandamento.

“A nossa previsão é de uma variação trimestral entre 0,5% e 0,7%”, disse ao ECO a economista-chefe do BPI, Paula Gonçalves. O Montepio aponta para a mesma variação em cadeia e a poll de economistas da Reuters adota a visão mais pessimista, ao apontar para o ponto mais baixo daquele intervalo de projeção. Também a Comissão Europeia, nas previsões de Primavera, indicou uma melhoria do PIB de 0,5% para o primeiro trimestre.

Em relação ao ano anterior, o BPI acredita que se verificará uma variação homóloga entre 2,1% e 2,3%, a poll da Reuters aponta para 2,4% e Bruxelas prevê 2,2%. “Os riscos são em sentido negativo, sobretudo devido à desaceleração verificada no resto da Europa, ao efeito de calendário (Páscoa ocorreu no primeiro trimestre) e ao efeito base desfavorável”, explica Paula Carvalho. “Por isso a leitura do primeiro trimestre poderá ser mais fraca que o esperado.”

No entanto, para o conjunto do ano a previsão do BPI mantém-se em 2,4%. Acima até da projeção do Governo, do Banco de Portugal e da Comissão Europeia que preveem um aumento do PIB de 2,3%.

Isto significa que a possível desaceleração que os números desta terça-feira devem revelar, as previsões para o conjunto do ano não deverão estar comprometidas.

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