Maus resultados dos retalhistas ditam perdas em Wall Street
Os principais índices norte-americanos registam perdas, num dia em que o setor retalhista não apresentou resultados muito expressivos.
Os resultados pouco expressivos do setor do retalho, juntamente com a incerteza em torno da relação comercial com a China, estão a fazer tremer Wall Street no início de sessão desta terça-feira. Os juros da dívida norte-americana em máximos de 2011, também contribuem para a queda dos índices norte-americanos.
Segundo dados governamentais, as vendas a retalho avançaram 0,3% no mês de abril, uma desaceleração face ao mês anterior, em que tinham avançado 0,8%. Já a Home Depot, uma das maiores retalhistas do país, apresentou os resultados do primeiro trimestre, revelando número que ficaram aquém do que os analistas esperavam. Registou receitas de 24,95 mil milhões, bem aquém dos 25,15 mil milhões previstos.
Em relação às relações comerciais entre a China e os Estados Unidos, e com as conversações entre as duas potências a recomeçarem nos próximos dias, parece estar longe o ponto de resolução dos seus problemas. Recorde-se que os dois países impuseram taxas aduaneiras entre si, dando os primeiros passos num processo que já era apelidado de guerra comercial.
Com estas perspetivas, o industrial Dow Jones abriu sessão a cair 0,45% para 24.786,18 pontos, enquanto o S&P 500 desvalorizava 0,51% para 2.716,30 pontos. O mais castigado neste início de sessão era o tecnológico Nasdaq, que perdia 0,67% para 7.361,34 pontos.
“É a combinação de notícias pouco boas da relação comercial com a China, a falha da Home Depot e a subida da taxa a dez anos que estão a conspirar este cenário e estão a dispersar algum daquele sentimento positivo que tivemos na sessão de ontem”, apontou Art Hogan, analista da B. Riley FBR à Reuters. As ações do Home Depot caem 1,80% para 187,65 dólares.
A colocar maior pressão nos mercados estão os juros da dívida a dez anos dos EUA, que estão nos nos 3,043%, o valor mais alto desde julho de 2011. Em comparação, seguem mais altos que os da república portuguesa.
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