Contas de serviços mínimos crescem 66%
O Banco de Portugal revela que mais de metade das novas contas de serviços mínimos criadas no primeiro semestre resultam da conversão de contas normais.
Está a aumentar o número de portugueses com contas de serviços mínimos bancários (SMB). Registou-se um crescimento de 66% no primeiro semestre face ao mesmo período do ano passado, sendo que mais de metade das novas contas resulta da conversão de contas tradicionais.
“Em 30 de junho de 2016 existiam 30.894 contas de SMB, o que representa um crescimento de 28% em relação ao final de 2015 e de 66% quando comparado com o final do primeiro semestre de 2015“, refere o Banco de Portugal. No total, “no primeiro semestre de 2016 foram abertas 7.542 contas de SMB”, remata.
Mais interessante é que as contas de SMB “constituídas resultaram, em 54% dos casos, da conversão de uma conta de depósitos à ordem existente na instituição de crédito”. “Nos restantes 46%, da abertura de uma nova conta”, refere o regulador.
Este crescimento das contas de SMB acontece numa altura em que os bancos estão a fazer disparar as comissões de manutenção das contas tradicionais. Vários bancos têm aumentado os encargos, sendo que o mais comum tem sido o fim das isenções, seja pelos montantes em conta, seja através do fim dessa isenção associada às contas-ordenado.
As contas de SMB incluem um conjunto de serviços bancários considerados essenciais, como a comissão de manutenção “uma conta de depósitos à ordem e a disponibilização de cartão de débito, bem como a possibilidade de realizar débitos diretos e transferências intrabancárias nacionais”, refere o regulador.
Todos os bancos são obrigados a ter contas de SMB. E “as instituições de crédito não podem cobrar pelos serviços mínimos bancários comissões, despesas ou outros encargos que, anualmente e no seu conjunto, excedam 1% do salário mínimo nacional, atualmente 5,30 euros“. Este valor é o que é pago em muitos bancos nas contas tradicionais, mas por mês.
(Notícia atualizada às 11h49 com mais informação)
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