Centeno: Congelamento das carreiras era “insustentável” mas é preciso continuar a repensá-las
O ministro das Finanças sublinhou o desafio de renovar uma Administração Pública muito heterogénea, e a importância de oferecer oportunidades de formação e aprendizagem aos trabalhadores.
Mário Centeno defende um “foco renovado na capacitação dos funcionários públicos” para uma Administração Pública melhor e mais formada, agora que as carreiras estão descongeladas, um desafio que, sublinhou, não era “uma tarefa fácil”. A situação do congelamento, porém, era “insustentável”, notou. Mas é preciso continuar a pensar nas carreiras tendo em vista o futuro e a sustentabilidade.
Foram estes os pontos principais da intervenção do ministro das Finanças na abertura da conferência “Percursos Profissionais na Administração Pública: Carreiras e Competências”, a ser encerrada pela Secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, e pelo Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita. A iniciativa insere-se num ciclo de encontros para debater os desafios da Administração Pública e decorreu na Torre do Tombo, em Lisboa.
"Sabemos que os trabalhadores da Função Pública têm hoje uma idade média de 47 anos, o que é um grande desafio.”
O ministro das Finanças assinalou principalmente a necessidade de um “foco renovado na capacitação dos funcionários públicos”, que exige uma ação concertada de todos desde os próprios trabalhadores aos políticos, parceiros sociais, cidadãos ou empresas. Isto porque existe um grande desafio na gestão da Administração Pública devido à sua grande heterogeneidade.
“Nós sabemos que os trabalhadores da Função Pública têm hoje uma idade média de 47 anos, o que é um grande desafio”, afirmou o ministro. “Somos hoje confrontados com questões de uma transcendência enorme e de importância muito relevante para a sociedade portuguesa, como gerir pessoas mais velhas face à existência de novas tecnologias, como gerir pessoas mais novas que valorizam menos a estabilidade e mais os percursos abertos e a conciliação com a vida pessoal“, exemplificou.
Sobre o descongelamento das carreiras a partir do princípio de 2018, reconheceu que “não era uma tarefa fácil”. No entanto, continuou: “Era uma situação absolutamente insustentável. Foi por isso que o Governo tomou as medidas que tomou. E continua a considerar que só o descongelamento não chega, temos de pensar nas carreiras, porque esse trabalho nunca está completo”.
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