FMI confia que Argentina vai gerir “com destreza” a crise financeira
O Fundo Monetário Internacional diz acreditar que o Governo argentino vai gerir "com destreza" a crise financeira. Lagarde e Macri estão de acordo: baixo o défice é prioridade.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) mostrou, esta quinta-feira, confiança no Governo argentino para gerir “com destreza” a turbulência financeira e disse que a situação no país atualmente é diferente da que existia na crise anterior.
“As autoridades argentinas trataram habilmente algumas das questões que surgiram […] e confiamos que vão gerir a situação com destreza“, afirmou o porta-voz do FMI, Gerry Rice, em conferência de imprensa.
Rice indicou que a instituição liderada por Christine Lagarde está de acordo com as prioridades definidas pelo presidente argentino, Mauricio Macri, que fixou como prioridade baixar o défice orçamental.
“É um programa que pertence inteiramente à Argentina. O FMI tem o papel de apoiar as prioridades argentinas”, destacou.
O porta-voz disse ainda que o FMI quer concluir um acordo com Buenos Aires “rapidamente” e referiu que a situação no país é muito diferente da existente há cerca de 20 anos, quando houve outra crise.
Rice indicou que a reunião do FMI sobre a Argentina, na sexta-feira, não será “conclusiva” e disse que se trata de uma “reunião informal” destinada a apresentar os avanços nas negociações. A direção deverá reunir-se posteriormente para aprovar um acordo.
“As modalidades exatas do acordo ainda estão por discutir”, disse.
“É importante sublinhar que a situação da Argentina hoje é radicalmente diferente do que era há 15 ou 20 anos”, considerou Gerry Rice, apontando instituições económicas mais robustas, instituições diferentes.
Mauricio Macri anunciou no passado dia 08 que pediu apoio financeiro ao FMI para enfrentar a turbulência nos mercados que levou a uma desvalorização acentuada do peso argentino, aumentando os receios de uma crise.
O Governo argentino não avançou qual o montante que vai pedir, mas as informações divulgadas pela imprensa apontam para 30 mil milhões de dólares (cerca de 25 mil milhões de euros).
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