Nicolas Maduro reeleito. Venceu eleições com 70% dos votos
Chefe de Estado venezuelano, Nicolas Maduro, foi declarado vencedor das eleições presidenciais de domingo, com perto de 70% dos votos, depois de contados quase todos os boletins.
O chefe de Estado venezuelano, Nicolas Maduro, foi declarado vencedor das eleições presidenciais de domingo pela autoridade eleitoral, com perto de 70% dos votos, depois de contados quase todos os boletins.
Maduro obteve 67,7% dos votos contra os 21,2% do principal adversário Henri Falcon, anunciou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, que afirmou tratar-se de uma “tendência irreversível”.
De acordo com o CNE, Maduro foi reeleito com 5.823.728 votos, tendo sido registados um total de 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores.
Apesar de reeleito, Maduro perdeu 1.763.851 votos, em relação a 2013, altura em que foi eleito sucessor do antigo Presidente Hugo Chávez (que presidiu o país entre 1999 e 2013) com 7.587.579.
Henri Falcon obteve 1.820.552 votos. O pastor evangélico Javier Bertucci 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada 34.6714 votos, indicou o CNE.
Pouco antes deste anúncio, Falcon tinha declarado que não vai reconhecer os resultados e exigiu a repetição das presidenciais em outubro próximo. “Não reconhecemos este processo eleitoral como válido”, afirmou. Foram instaladas 34.143 mesas eleitorais em 14 mil centros de votação da Venezuela.
Trezentos mil soldados das Forças Armadas Venezuelanas têm a missão de garantir a segurança do material eleitoral e dos centros de votação, ao abrigo da operação Plano República, na qual participa também o Ministério Público. “O povo da Venezuela pronunciou-se e pedimos a todos e todas, nacionais e internacionais, que respeitem os resultados eleitorais e o povo da Venezuela, que decidiu e decidiu em paz”, disse Tibisay Lucena.
As eleições presidenciais antecipadas decorreram “como sempre foi a tradição do povo da Venezuela, com grande tranquilidade e civismo”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa acompanha “com preocupação”
O Presidente da República disse hoje que acompanha “com preocupação tudo o que se passa na Venezuela” e expressou solidariedade para com os portugueses que lá residem, mas escusou-se a comentar diretamente as eleições de domingo. Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as eleições presidenciais à saída do quartel dos bombeiros de Vila Nova de Tazem, no concelho de Gouveia, no distrito da Guarda, onde se encontra para se inteirar da situação no terreno na sequência dos incêndios de 2017.
“Acompanho, naturalmente, com preocupação tudo o que se passa na Venezuela e, ao mesmo tempo, com solidariedade em relação aos nossos compatriotas que lá vivem”, afirmou o Presidente da República. “Também acompanhei o que se passou nestes últimos tempos, mas entendo que é de bom senso não estar a comentar um ato eleitoral”, acrescentou.
Antes, o chefe de Estado referiu que, por princípio, evita “comentar a situação de outros Estados, qualquer que ela seja” e considerou que, no caso da Venezuela, a comunidade portuguesa que lá vive e trabalha é “uma razão muito forte” para essa sua posição. Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-a como “uma comunidade muito numerosa, muito determinada, muito trabalhadora e muito corajosa”.
Notícia atualizada às 18:30 com as declarações do Presidente da República.
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