Em processo de rescisões, CTT recruta trabalhadores para o verão
A empresa liderada por Francisco de Lacerda está a recrutar colaboradores para substituição de férias dos seus funcionários. As contratações serão realizadas para os meses entre maio e novembro.
Contratar ao mesmo tempo que rescinde. Poderá parecer um contrassenso, mas é aquilo que os CTT estão a fazer. A empresa liderada por Francisco de Lacerda está a levar a cabo um programa de recrutamento de colaboradores, para substituir funcionários que se encontrem de férias no verão. O irónico da situação é que tal acontece na mesma altura em que a empresa dos Correios avança com rescisões ao abrigo do plano de reestruturação.
“Os CTT estão a recrutar colaboradores/as para substituição de férias, principalmente para a distribuição de Correio”, avançam os CTT em comunicado. A empresa responsável pela distribuição dos correios explica que as contratações serão realizadas entre maio e novembro com contratos que poderão variar entre os três e os sete meses.
Estes colaboradores irão desempenhar funções nas áreas de distribuição, centros de produção e logística e para as empresas subsidiárias. Para se candidatarem, os interessados devem ter no mínimo 18 anos, o 9º ano de escolaridade, carta de condução e, preferencialmente, conduzir motociclos.
“Os CTT procuram pessoas que gostem de uma função não rotineira, de contactar clientes, tenham apetência por trabalhar no exterior e em equipa. Este processo visa colmatar necessidades em todo o território nacional”, explicam os CTT.
A empresa justifica a abertura deste processo de contratação no âmbito do “compromisso dos CTT com a consistência da qualidade de serviço ao longo de todo o ano”.
Esta contratação acontece depois de, há cerca de duas semanas, a Anacom ter imposto uma redução sobre os preços praticados pelos CTT como penalização pelo facto de a empresa liderada por Francisco de Lacerda não ter conseguido cumprir todos os indicadores de qualidade do serviço postal universal. Algo que já tinha acontecido no ano passado.
Acontece ainda numa altura em que os CTT avançam com um programa de rescisões, cujo objetivo é reduzir em 800 o número dos seus funcionários ao longo de três anos, de acordo com o plano de reestruturação dos Correios apresentado no final de 2017 ao mercado. Os CTT anunciaram ainda a intensão de reduzir o número de balcões de atendimento ao público.
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