Ações europeias em queda. Vivem pior sessão em dois meses
Setor petrolífero está a pressionar bolsas do Velho Continente, arrastando praça nacional. Nem mesmo os rumores de fusões e aquisições na banca britânica induzem algum apetite pelo risco.
As ações europeias estão a viver a pior sessão em dois meses, com o setor petrolífero a ser o principal visado nesta pressão vendedora por causa da queda do preço do barril de “ouro negro”. E, apesar dos rumores de consolidação entre bancos britânicos, os investidores penalizam o risco e deixam principais praças com quedas superiores a 1%. Lisboa incluída.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, regista uma queda de 0,92% para 393,29 pontos, um desempenho negativo que não se via desde meados de março. Acompanham nas descidas o alemão DAX 30 e espanhol IBEX 35, com baixas de 1,45% e 1,4%, respetivamente. Em Itália, onde a solução de governo encontrada pelos partidos fora do arco do poder, o 5 Estrelas e a Liga Norte, continua a deixar muitas reservas aos investidores, com o FTSE Mib a ceder 1,79%.
Lisboa acompanha a maré vermelha na Europa. O PSI-20 cai 1,31% para 5.711,58 pontos, penalizada sobretudo pelo BCP (-0,71%) e Galp (-2,16%). Pressionam também as ações da Nos e da REN, que se encontram a negociar em ex-dividendo. No caso da petrolífera, as ações corrigem nesta sessão em linha com o que se passa lá fora, onde o setor europeu derrapa 2,5%. As ações da Total e da Shell perdem também mais de 2% esta manhã.
Ações europeias caem mais de 1%
Fonte: Reuters
A penalizar esta indústria está a desvalorização dos preços do barril de petróleo. Em Londres, o Brent cede 0,6% para 79,03 dólares. Isto acontece depois da notícia de que a OPEP estuda a possibilidade de aumentar a produção em junho para fazer face à quebra de produção observada na Venezuela e no Irão.
Por outro lado, os rumores de consolidação na banca britânica estão a revelar-se insuficientes para devolver algum entusiasmo ao mercado. O Financial Times informou esta quarta-feira que o Barclays está a explorar uma possível fusão com bancos rivais, incluindo o Standard Chartered, uma notícia que leva os títulos do Barclays a cair 0,5%. Já as ações do Standard Chartered somam 2,2%.
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